Pleno.News - 15/09/2020 14h34 | atualizado em 15/09/2020 14h36

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que a “barulheira” em torno do Renda Brasil no período da manhã desta terça-feira (15) ocorreu porque “estão conectando pontos que não são conectados”. Guedes referia-se às notícias sobre as propostas da equipe econômica para viabilizar o Renda Brasil. Guedes ainda disse que o “cartão vermelho” de Bolsonaro não foi direcionado a ele.

– O que estava sendo estudado é o efeito sobre desindexação sobre todas as despesas. O linguajar, os termos do presidente são sempre muito intensos. Da mesma forma, que o lide da notícia dizia que estava tirando direitos dos mais pobres e vulneráveis, não era essa intenção, nunca foi – argumentou, dizendo que a intenção do presidente foi esclarecer.

A declaração de Guedes foi feita no evento online Painel Tele Brasil 2020, explicando que a ideia é devolver o controle dos gastos aos governantes, já que hoje 96% dos gastos da União são obrigatórios, assim como Estados e municípios.

O ministro lembrou que, desde início, o presidente disse que não queria consolidar programas sociais para criar o Renda Brasil, e que foi uma decisão política.

Guedes também afirmou que o governo buscava uma aterrissagem suave do auxílio emergencial, que, por decisão do presidente, foi estendido até o fim do ano.

– Estendeu o auxílio, então estudos prosseguiram para ver onde aterrissaria auxílio emergencial em 1º de janeiro. Quando estudos são formulados, discutidos, vão para mídia, não tem problema nenhum, o problema é ligar uma coisa à outra – afirmou.

E repetiu: “O presidente está dizendo que a mídia está dizendo que eu estou querendo tirar dinheiro de pobre para dar para mais pobres. Eu não vou fazer isso. Acabou o Renda Brasil”.

*Estadão

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