Bolsonaro fala em reduzir alíquota do Imposto de Renda
No entanto, o secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, disse que medida será discutida no tempo correto
Henrique Gimenes - 04/01/2019 15h51 | atualizado em 04/01/2019 18h28

O presidente Jair Bolsonaro disse, nesta sexta-feira (4), que o governo pode reduzir a alíquota máxima do Imposto de Renda de 27,5% para 25%. O anúncio seria feito pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. Ele disse ainda que irá elevar a alíquota do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) pode ser elevada.
Pouco depois, no entanto, o secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, negou as mudanças.
O anúncio foi realizado após a cerimônia de transmissão do cargo de comandante da Aeronáutica, na base aérea de Brasília. Bolsonaro concedeu uma entrevista ao fim do evento.
– Paulo Guedes anuncia hoje também a possibilidade de diminuir a alíquota do imposto de renda. Porque o nosso governo tem que ter a marca de não aumentar impostos – explicou.
Atualmente a alíquota de 27,5% é válida para contribuintes que ganham acima de R$ 4.664,68 por mês. Sobre o IOF, o presidente explicou que será um aumento mínimo para quem possui aplicações no exterior.
– Essa questão, infelizmente, foi assinado decreto neste sentido, mas para quem tem aplicações aí fora, para poder cumprir uma exigência de um projeto aprovado tido como “pauta-bomba”, contra a nossa vontade – apontou.
A pauta-bomba ao qual o presidente se refere é um projeto aprovado pelo Congresso em 2018 que concede benefícios fiscais às regiões Norte e Nordeste.
Em uma entrevista à GloboNews, o secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, afirmou que, apesar da questão do Imposto de Renda fazer parte da Reforma Tributária, ela só deve ser analisada no tempo correto.
– Não vai haver nada que esteja sendo discutido com relação a alteração no Imposto de Renda. Imposto de Renda é um capítulo da reforma tributária que vai ser analisada posteriormente, no tempo correto – ressaltou.
Sobre a questão do IOF, Cintra disse que não haverá um aumento na alíquota.
– Com relação ao IOF não haverá nenhum incremento do IOF para dar respaldo ou para oferecer compensação aos benefícios fiscais que estão sendo concedidos agora à Sudene e Sudam – afirmou.
*Atualizada às 17h55
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