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Bolsonaro espera bater o martelo sobre combustíveis em reunião

Presidente deu declarações sobre o assunto nesta segunda-feira

Pleno.News - 08/02/2021 16h08 | atualizado em 08/02/2021 16h40

Presidente Jair Bolsonaro Foto: PR/Carolina Antunes

O presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou que espera “bater o martelo” sobre o preço dos combustíveis em reunião com a equipe econômica nesta segunda-feira (8). A reunião com o ministro Paulo Guedes, da Economia, ocorre após o governo propor, na última sexta-feira (5), enviar um projeto para estabelecer um valor fixo do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis.

– Hoje eu tenho uma reunião com a equipe econômica para ver [isso] mais uma vez. Eu tive, semana passada, por duas vezes, para ver se batem o martelo – disse o presidente.

Bolsonaro deu declarações, diante de apoiadores, na manhã desta segunda, na saída do Palácio da Alvorada. O chefe do Executivo disse ter a expectativa de “um bom entendimento” na reunião desta segunda com a equipe econômica.

– O que não pode acontecer, é achar que a responsabilidade é de uma pessoa apenas. Agora, quando é que nós todos (eu, governadores, distribuidoras, donos de postos) vamos tomar uma providência pra [resolver] isso? Será num momento pacífico ou em um momento conturbado? Para mim, seria a partir de agora. Espero sair um bom entendimento da reunião da equipe econômica de hoje – falou o presidente da República.

GOVERNADORES
Bolsonaro citou também a possibilidade de “convidar governadores” para debaterem o assunto e negou querer interferir no ICMS, um tributo estadual. A ideia de um valor fixo para o ICMS e da cobrança nas refinarias, e não na bomba, enfrenta resistência de governadores, que perderiam em arrecadação.

– Não estou procurando encrenca nem acusando os governadores de cobrarem [imposto] demais. Nós, governo federal, também cobramos demais. Agora, devemos buscar uma solução – disse.

O presidente também reconheceu que as contas estaduais e do governo estão “no limite”, mas ponderou que a população também está sendo prejudicada.

– Quem está com a corda no pescoço mais do que nós, presidente da República e governadores, é a população consumidora.

Bolsonaro opinou que, além dos altos impostos estaduais e federais, a margem de lucro de distribuidoras e de postos também é grande.

– Então, está todo mundo errado, no meu entender. Pode ser que eu esteja equivocado.

PETROBRAS
Como na última sexta-feira (5), o presidente voltou a repetir que não tem poder de influência na Petrobras e citou a previsão de reajuste de preços dos combustíveis.

– Não é novidade para ninguém… Está previsto novo reajuste de combustíveis para os próximos dias. Vai ser uma chiadeira com razão… Eu tenho influência sobre a Petrobras? Não – disse.

Segundo Bolsonaro, caso ele não cumpra a lei, será um “ditador”.

Além da proposta apresentada na sexta sobre o ICMS, o presidente diz querer também diminuir os tributos federais, como o PIS/Cofins.

– Queremos diminuir os impostos federais. Agora, para diminuir pela lei existente, eu tenho que arranjar outro local para tirar dinheiro, a não ser que o parlamento me dê autorização para diminuir [os impostos], sem apontar outra fonte para compensar isso que está sendo tirado – observou o chefe do Executivo.

Sem entrar em detalhes, o presidente afirmou que “o pior pode acontecer”. Ele negou, contudo, que as pressões quanto ao preço dos combustíveis sejam uma preocupação do governo.

– A gente não tem a preocupação de pressões, né? Obviamente elas existem e são legítimas na maioria das vezes, mas, de acordo com a pressão, todo mundo perde – falou.

Para Bolsonaro, o alto preço dos combustíveis “é uma incógnita [para a qual] não é fácil buscar solução”.

– O combustível é uma coisa que afeta todo mundo. Nós estamos trabalhando, em um primeiro momento, em cima do óleo diesel – comentou.

Como exemplo, ele citou que parte do óleo diesel consumido no país é importada e que, por isso, a Petrobras não pode praticar preço abaixo do mercado internacional, com o risco de haver desabastecimento, caso a estatal parasse de importar o combustível.

*Estadão

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