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Bolsonaro diz que dificilmente PIB crescerá 2% neste ano

Presidente falou que é importante buscar soluções para a economia não parar por causa do coronavírus

Pleno.News - 16/03/2020 16h12 | atualizado em 16/03/2020 16h14

Presidente Jair Bolsonaro Foto: PR/Alan Santos

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta segunda-feira (16) que dificilmente o PIB (Produto Interno Bruto) crescerá 2% neste ano diante da pandemia de coronavírus.

Em entrevista por telefone à Rádio Bandeirantes, ele disse que se preocupa com os efeitos da doença sobre a atividade econômica e que o país não pode parar por causa da pandemia.

– Preocupa bastante. A previsão nossa, para este ano, era crescer 2%, a previsão. Com esse problema, dificilmente vai chegar a isso daí – disse.

No início deste mês, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que, diante da doença, trabalha com uma expectativa de crescimento de 2% para a economia neste ano.

– Nós não seremos omissos aos reclamos da sociedade. A nossa preocupação existe. Agora, nossa economia não é a americana, que anuncia bilhões. A gente não tem recurso para isso – afirmou o presidente.

Bolsonaro argumentou que a economia não pode parar por causa da doença e defendeu, por exemplo, que jogos de futebol não sejam cancelados.

– Vai ter um caos muito maior se a economia afundar. Se a economia afundar, afunda o Brasil. E qual o interesse dessas lideranças políticas? Se acabar a economia, acaba qualquer governo. Acaba o meu governo – disse.

O presidente informou ainda que se reunirá nesta segunda-feira com associações de bares e restaurantes para discutir medidas de estímulo.

– Estarei com o Paulo Guedes daqui a pouco. Estarei com ele talvez o dia todo buscando soluções – disse.

Ele lembrou que a equipe econômica também avalia iniciativas para socorrer as empresas aéreas, evitando que elas sofram prejuízos.

Apesar de ter avaliado que a crise “não é tudo isso que dizem”, Bolsonaro reconheceu que o sistema de saúde deve ficar sobrecarregado.

Ele informou que acionou os hospitais militares para que atendam pacientes que não conseguirem ser incorporados pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

– Vão ter dificuldades, não há a menor dúvida. Já falamos para os hospitais militares atenderem o pessoal – disse.

Durante a entrevista, o presidente tossiu. A tosse é considerada um dos sintomas da doença.

– Tenho problema de refluxo e às vezes eu tusso – justificou.

Ele lembrou que fará um novo exame nesta terça-feira (17) para constatar se de fato não contraiu a doença.

– Segundo teste que vou fazer. Eu digo para você: até o momento, se eu tiver com o vírus aqui, não estou sentindo absolutamente nada, tudo normal – afirmou.

Também em entrevista à Rádio Bandeirantes, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que a crise econômica poderia ser tão grande que tornou secundária a discussão sobre recursos do Orçamento, que dominou a pauta entre Legislativo e Executivo na semana passada.

​- Alguns economistas estão prevendo, estavam prevendo na quarta passada [11] um crescimento de apenas 1,4%. No final de semana, alguns economistas já começaram a prever um crescimento zero. Então nas próximas semanas a gente vai ter uma noção maior – disse Maia.

Maia expressou preocupação com o impacto principalmente em trabalhadores com renda informal, como motoristas de aplicativos ou professores de ginástica.

Segundo ele, o governo precisará ajudar a garantir a sobrevivência das empresas e apoiá-las para que as companhias não demitam trabalhadores.

*Folhapress

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