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Bolsonaro: “A pandemia nos fez endividar R$ 700 bilhões”

Valor do déficit de 2020 equivale a quase seis vezes o que estava previsto antes da Covid-19

Pleno.News - 13/11/2020 13h36 | atualizado em 27/12/2021 12h23

Jair Bolsonaro e Paulo Guedes Foto: PR/Marcos Corrêa

Em conversa com apoiadores nesta sexta-feira (13), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que a pandemia já custou R$ 700 bilhões aos cofres públicos. Batizado de Orçamento de Guerra, os gastos extraordinários do governo e as renúncias fiscais com a Covid-19 já somam cerca de 10% do PIB nacional. O valor corresponde a R$ 3,3 mil para cada brasileiro e 21 vezes o custo anual do Bolsa Família.

Entre as medidas que têm aumentado a dívida pública estão o auxílio emergencial, que atende 65 milhões de brasileiros, o socorro financeiro a estados e municípios e o fornecimento de créditos por bancos.

– Essa pandemia aí nos fez endividar mais de R$ 700 bilhões. E agora tem uma conversinha de segunda onda. Tem que enfrentar se tiver. Porque se quebrar de vez a economia, seremos um país de miseráveis – disse o presidente.

O valor do déficit equivale a quase seis vezes o que estava previsto antes da pandemia, R$ 124,1 bilhões. Como resultado, a dívida pública bruta deve bater um recorde histórico esse ano, saltando de 75,8% do PIB para 98,2%. Os efeitos também impactarão os anos seguintes. Segundo as projeções do Tesouro, a dívida deve atingir 98,6% do PIB em 2024 para só então começar a cair para 92,2% em 2029.

– Essa história da segunda onda é verdade ou não? Ou é pra destruir a economia de vez? – perguntou Bolsonaro na segunda-feira (9) aos apoiadores no Palácio da Alvorada.

O ministro da Economia Paulo Guedes afirmou em duas ocasiões diferentes que o auxílio, previsto para até o fim de 2020, pode voltar se houver uma segunda onda. De acordo com ele, o governo conseguirá reduzir o número por já ter “experiência”.

– A pandemia está descendo, o auxílio está descendo junto, e economia voltando. Essa é nossa realidade, nosso plano A. ‘Ah, mas veio uma segunda onda’. Ok, vamos decretar estado de calamidade de novo e vamos nós, de novo, com a experiência que temos agora, recalibrando os instrumentos (…) Ao invés de gastar 10% do PIB, como foi neste ano, gastamos 4% [em 2021] – explicou.

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