Leia também:
X Produção industrial sobe 0,9% em janeiro, aponta IBGE

Bolsa de São Paulo reage e apresenta alta de quase 5%

Governos do exterior planejam medidas para proteger a economia contra os reflexos do coronavírus

Pleno.News - 10/03/2020 12h40

Ibovespa mostra reação à crise Foto: Reprodução

O Ibovespa apresentava alta de 4,73% às 10h28 desta terça-feira (10), chegando aos 90.146 pontos, Na véspera, o índice teve a pior queda do século e atingiu os 86.067 pontos (-12,17%). Na segunda (9), o Ibovespa abriu em queda e a desvalorização chegou a superar os 10%, situação que provocou um circuit breaker na Bolsa de Valores brasileira – quando as negociações são interrompidas.

Foi o primeiro circuit breaker desde o dia conhecido como Joesley Day, em maio de 2017, quando foram divulgadas gravações de conversas entre Joesley Batista e o então presidente do Brasil, Michel Temer. A suspensão foi de meia hora. O movimento vem em linha com as expectativas mais otimistas para as Bolsas internacionais ante as ações coordenadas de governos globais para conter os impactos econômicos do novo coronavírus.

Na segunda-feira, o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que tomará medidas importantes para proteger a economia americana contra os reflexos da epidemia, ao passo que o governo do Japão também planeja gastar mais de US$ 4 bilhões em um segundo pacote de ações para lidar com o vírus.

Os sinais da Rússia de que as conversas com a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) seguem possíveis também apoiavam a reação mais positiva dos mercados globais e a reação dos preços de petróleo no exterior. O Brent avançava 8,24%, com o barril cotado em R$ 37,19.

Todos os principais índices europeus subiam na manhã desta terça-feira (10). O STOXX 50 avançava 2,55%, por exemplo, enquanto o indicador alemão DAX Index tinha alta de 2,26%. Os índices das Bolsas dos EUA também iniciaram o dia em alta, recuperando as perdas da véspera ante o maior otimismo. O S&P tinha ganho de 2,62% às 10h58, enquanto Dow Jones subia 3,17% e Nasdaq avançava 3,13%.

Apesar dos ganhos na Bolsa brasileira nesta terça, o Ibovespa ainda apresenta uma deterioração de 24,6% desde 20 de janeiro deste ano, quando os mercados acionários começaram a se deteriorar ante o avanço do coronavírus. O período representa a primeira grande turbulência dos pequenos investidores, que mais que dobraram sua participação na Bolsa. De 2018 até fevereiro, o número de CPFs com ações compradas saltou de 813 mil para 1,95 milhão.

Na segunda, o risco-país brasileiro, medido pelo contrato de CDS (Credit Default Swap) de cinco anos, tinha subido 30,3%, uma das maiores altas da história em um dia. O índice retornou ao patamar de janeiro de 2019, aos 186 pontos.

* Folhapress

Leia também1 Produção industrial sobe 0,9% em janeiro, aponta IBGE
2 Faturamento e empregos no turismo crescem em 2019
3 Maia diz que só reformas não bastam para conter crise

Siga-nos nas nossas redes!
WhatsApp
Entre e receba as notícias do dia
Entrar no Canal
Telegram Entre e receba as notícias do dia Entrar no Grupo
O autor da mensagem, e não o Pleno.News, é o responsável pelo comentário.