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Boeing fecha ano de 2019 com prejuízo de 636 mi de dólares

Empresa vive grave crise desde a proibição de uso do modelo 737 MAX

Paulo Moura - 29/01/2020 13h55 | atualizado em 29/01/2020 14h00

Boeing 737 MAX Foto: Divulgação/Boeing

A Boeing fechou 2019 com um prejuízo de 636 milhões de dólares (R$ 2,68 bilhões), o primeiro resultado anual negativo em décadas, como resultado da grave crise vivida desde a proibição internacional do modelo 737 MAX, o principal avião da empresa.

A fabricante americana informou nesta quarta-feira (29), que a receita no ano todo caiu 24%, para 76,5 bilhões de dólares (R$ 322,7 bilhões), e no último trimestre subtraiu uma cobrança de 2,6 bilhões de dólares (R$ 10,9 bilhões) para a possível compensação a clientes afetados pela paralisação das entregas e a produção das aeronaves.

O novo CEO da Boeing, Dave Calhoun, reconheceu que “há muito trabalho a ser feito”, insistiu que a empresa está focada em retomar o serviço da frota de 737 MAX “com segurança” e que tem “a liquidez” necessária para encarar o “processo de recuperação”.

Os dados contrastam fortemente com os de 2018, quando a Boeing obteve lucros anuais de mais de 10 bilhões de dólares (R$ 42,2 bilhões), impulsionados por receitas recorde de 101 bilhões de dólares (R$ 426,4 bilhões). As entregas de aeronaves na época, 806, agora caíram para 380.

A frota de 737 MAX está em terra desde março do ano passado, após dois acidentes na Etiópia e na Indonésia que deixaram 346 mortos. A Boeing trabalha com autoridades para reativar as aeronaves, mas recentemente descartou que isso aconteça até meados do ano.

Os dados do quarto trimestre, com os quais os analistas de Wall Street estavam mais preocupados e que refletem as últimas decisões da empresa, também não são promissores: o prejuízo entre outubro e dezembro totalizou 1,01 bilhão de dólares (R$ 4,26 bilhões). No ano anterior, no mesmo período, o lucro foi de 3,4 bilhões de dólares (R$ 14,3 bilhões).

A queda no faturamento nos últimos três meses foi de 37%, devido, principalmente, a uma menor entrega de aeronaves comerciais, apenas 79, e também à aplicação do encargo adicional para compensar fornecedores que elevaria os custos totais da crise a quase 19 bilhões de dólares (R$ 80,1 bilhões).

*Com informações da Agência EFE

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