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Bitcoin: Moeda virtual valorizou 406% durante a pandemia

Cotação da moeda equivale a 206 mil reais

Pierre Borges - 15/01/2021 16h29 | atualizado em 15/01/2021 16h30

Moeda virtual bitcoin
Ao fim de dezembro, cotação da moeda equivalia a 158 mil reais Imagem de Gerd Altmann/Pixabay

Do início de 2020 até o último dia do mesmo ano, a valorização do Bitcoin foi de 7 mil a 29 mil dólares, representando um aumento de 406%. A alta significa que seriam necessários mais de R$ 158 mil para comprar um único Bitcoin no dia 31 de dezembro. Desde o dia primeiro de janeiro, a cotação da moeda sempre esteve mais alta do que em 2020.

Os economistas atribuem a alta exorbitante dessa moeda à instabilidade das economias nacionais durante a pandemia e à adesão por parte dos investidores institucionais, que passaram a aceitar e a comprar Bitcoins em 2020.

– Outro fator [de aumento do Bitcoin] está relacionado ao momento econômico global. A pandemia gera uma grande instabilidade econômica e, com isso, faz com que muitos investidores direcionem seu recursos para uma moeda que, tecnicamente, é considerada mais neutra frente às economias. O Bitcoin, por ser uma moeda global, não sofre diretamente os impactos específicos de cada país ou moeda, fortalecendo, assim, o interesse de investidores, em momentos instáveis como esse. Ainda assim vale reforçar que o Bitcoin possui como visão principal ser um investimento de longo prazo – explica a consultora financeira Aline Rodrigues.

No entanto, os efeitos positivos da pandemia sobre a moeda não foram imediatos. Em março, no maior declínio causado pela pandemia, a moeda desvalorizou quase pela metade em apenas 10 dias, chegando a custar “apenas” 5 mil dólares (R$ 26 mil reais).

Gráfico Bitcoin 2020-2021
Cotação do Bitcoin desde o início de 2020 até 14 de janeiro de 2021 Gráfico: Highcharts

Na primeira semana de 2021, a moeda continuou subindo até custar 40 mil dólares e, após uma queda de 6 mil dólares, voltou a subir, totalizando nesta quinta-feira (14) o valor de 39 mil dólares (R$ 206 mil).

– A tendência ainda permanece de alta para o Bitcoin. Contudo, o investidor deve estar atento as oscilações de preço e movimentos econômicos. A expectativa é que não seja uma alta tão expressiva [quanto a de 2020], uma vez que as vacinações se mantenham e a economia comece a ter fôlego para voltar aos eixos – alerta Aline.

Embora as expectativas para o fim da pandemia tendam a diminuir o valor do Bitcoin, Aline explica que há uma propensão para popularização das moedas virtuais, mas que ainda é cedo demais para qualquer previsão.

– A expectativa é essa, contudo, o Bitcoin, hoje, possui grande valor por ainda ser uma moeda “para poucos”. Ainda não há uma previsibilidade pra isso. Em alguns países as criptomoedas ainda não foram legalizadas, ou seja, ainda não há possibilidades de estarem em circulação. Como no Brasil, onde a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) ainda não regulamentou efetivamente o Bitcoin e com isso não há empresas registradas para manter as movimentações e negociações em segurança – explica.

Consultora Aline Rodrigues, fundadora da empresa de educação e consultoria financeira Finapse Foto: Arquivo Pessoal

O Bitcoin não apenas não é legalizado no Brasil, como na última terça-feira (12), CVM proibiu fundos de investirem em criptomoedas. O superintendente da SIN (Superintendência de Relações com Investidores Institucionais) da CVM, Daniel Maeda, afirmou que não há conclusão sobre a natureza jurídica e econômica da modalidade de investimento e que, por isso, as criptomoedas não podem ser considerados ativos financeiros.

– Isso não significa que seja ilegal um brasileiro investir, mas que não há uma segurança em relação aos sites hoje que atuam. Assim, se uma pessoa tem problemas quanto a isso, não conseguirá resolver na justiça brasileira. Terá que procurar um advogado no pais do site – afirma.

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