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Segundo um economista da Febran, "alguns bancos já estão em processo de renegociação"

Pleno.News - 12/04/2021 14h37 | atualizado em 12/04/2021 14h49

Economista afirmou que “não adianta cobrar um dono de restaurante que não pode abrir” Foto: Reprodução

Após renegociarem quase R$ 1 trilhão em contratos de empréstimos no ano passado, suspendendo mais de R$ 146 bilhões em parcelas de financiamentos, os maiores bancos do país já começam a identificar novas dificuldades dos clientes na segunda onda da pandemia.

Embora o consenso do setor financeiro seja de que a crise atual será menos profunda do que em 2020, algumas instituições se preparam para uma nova rodada de medidas de apoio ao crédito de empresas e de famílias.

Segundo o economista-chefe da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Rubens Sardenberg, a perspectiva agora é de que, embora a pandemia esteja mais forte em 2021, o efeito para a economia deve ser mais concentrado.

– Há perspectiva de vacinação… ainda que lamentavelmente esse processo esteja atrasado. Mas há a perspectiva de que a situação vai melhorar a partir do segundo semestre – declara Sardenberg.

Ele admite, porém, que há alguns sinais de alerta no horizonte.

– Alguns bancos já estão em processo de renegociação. Não [de modo] amplo, mas focado. Não adianta cobrar um dono de restaurante que não pode abrir – diz o economista da Febraban.

O diretor executivo do Bradesco, José Ramos Rocha Neto, conta que o banco sequer chegou a fechar as portas da renegociação de crédito desde o início da pandemia.

– Por mais que o sistema permaneça aberto desde o ano passado, muitas vezes o cliente não se lembra dessa opção. Quando vejo que há uma redução no fluxo de caixa de uma empresa, posso já oferecer a prorrogação – diz.

Ainda assim, Rocha acredita que as dificuldades dos correntistas do Bradesco serão menores neste ano.

– Boa parte das empresas criou alternativas para continuarem abertas e hoje já estão preparadas para atuar por meio digital. Vimos isso no setor de alimentação em 2020. Já houve esse aprendizado – afirma

O Estadão/Broadcast procurou os cinco maiores bancos do Brasil para saber quais medidas já vêm sendo tomadas por eles no crédito.

O Itaú Unibanco respondeu que ainda não adotou novas ações.

“No momento, não vemos necessidade de estender o programa de flexibilização de créditos (o Programa Travessia). Isso não impede que continuemos a discutir situações pontuais de nossos clientes”, afirmou o Itaú, em nota.

Já o Santander informou já ter tomado duas medidas este ano para facilitar os pagamentos dos contratos de crédito. Uma delas foi a prorrogação, por mais três meses, da carência nas operações de giro para empresas. De acordo com o banco, 35% das firmas que usam a linha aderiram à opção. Para pessoas físicas, o Santander lançou condições especiais para clientes e não clientes no empréstimo pessoal, no consignado e no financiamento de veículos.

O Banco do Brasil informou que oferece linhas de renegociação que contemplam até seis meses de carência, todas customizadas de acordo com o perfil do cliente.

A Caixa Econômica Federal declarou que tem proporcionado aos seus clientes a possibilidade de pausa em contratos de crédito e condições facilitadas para renegociação de dívidas. Para as micro e pequenas empresas, por exemplo, o banco ampliou o prazo de carência para início do pagamento do financiamento do Pronampe de 8 para 11 meses.

*Estadão

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