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Após decisão de Dino, dólar sobe e Bolsa tem 2ª maior queda do ano

Principal índice da bolsa de valores brasileira recuou 2,10%; moeda americana subiu 1,19%

Paulo Moura - 19/08/2025 15h52 | atualizado em 19/08/2025 20h29

Flávio Dino Foto: Gustavo Moreno/STF

O Ibovespa fechou com a segunda maior queda do ano nesta terça-feira (19), recuando 2,10% e marcando 134.432 pontos. O dólar, por sua vez, subiu 1,19%, negociado a R$ 5,499. A movimentação do mercado ocorre após a decisão do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), que proibiu empresas e instituições em operação no Brasil de aplicarem restrições motivadas por “atos unilaterais estrangeiros”.

Segundo informações da consultoria Elos Ayta, a queda desta terça do Ibovespa – o principal índice da bolsa de valores brasileira – foi o segundo maior de 2025, ficando abaixo apenas do patamar registrado em 4 de abril, quando houve um recuo de 2,96% em meio à represália da China contra o tarifaço do presidente americano Donald Trump.

Na decisão que mexeu com o cenário econômico nesta terça, Dino entendeu que medidas como bloqueio de ativos e cancelamento de contratos só poderão ser adotadas com autorização expressa da Corte. Para os investidores, a decisão deve afetar a aplicação da chamada Lei Global Magnitsky, utilizada pelos Estados Unidos contra o ministro Alexandre de Moraes.

O movimento do mercado atingiu em cheio as ações dos grandes bancos, que recuaram em bloco e arrastaram o Ibovespa para baixo. As principais quedas do setor foram registradas no Banco do Brasil (-5,79%), Santander (-4,88%), Bradesco (-3,79%), BTG (-4,04%) e Itaú (-3,97%). Como o segmento financeiro tem peso significativo na composição do índice Ibovespa, a queda amplia a pressão sobre a Bolsa.

No cenário externo, investidores também acompanham os desdobramentos da reunião do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com o líder ucraniano Volodymyr Zelensky e aliados europeus, realizada na Casa Branca. Trump sinalizou a intenção de organizar um encontro trilateral com Zelensky e o presidente russo Vladimir Putin, em data e local ainda indefinidos.

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