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Americanas diz a shoppings que não pagará aluguéis atrasados

Empresa declarou que aluguéis devidos até a data do deferimento do pedido de recuperação judicial não serão quitados

Pleno.News - 10/02/2023 08h05 | atualizado em 10/02/2023 11h07

Unidade das Lojas Americanas Foto: Ariston Tavares Da Silva/Onzex Press e Imagens/Agência O Globo

A Americanas começou a notificar os shoppings onde existem suas lojas físicas de que os aluguéis devidos até a data do deferimento do pedido de recuperação judicial, 19 de janeiro, não serão pagos. O motivo é o efeito de suspensão de cobranças conferido pela recuperação judicial.

Segundo as cifras que constam na lista de credores do processo de recuperação da varejista, entregue à Justiça do Rio de Janeiro, a companhia deve R$ 11,6 milhões aos shoppings espalhados por diversas regiões do país. O comunicado desta semana sobre o não pagamento dos valores em aberto é assinado pelo coordenador jurídico da Americanas, Bernardo Mesquita Costa.

De acordo com o informe apresentado pela empresa, o eventual pagamento do aluguel até o dia 19 de janeiro “implicaria em prática de favorecimento de credor”. O comunicado ressalta que os créditos anteriores ao pedido de recuperação estão com sua exigibilidade suspensa. Já os pagamentos que compreendem o período de 20 a 31 de janeiro de 2023 serão realizados neste mês.

Na lista de credores entregue à Justiça, os dez maiores shoppings credores concentram quase 80% das pendências da Americanas com o setor. A maior dívida da varejista, de R$ 2,6 milhões, é com o Shopping Pantanal, de Cuiabá (MT), do grupo Ancar.

Na sequência vem o Shopping Esplanada de Sorocaba (SP), da Iguatemi, cuja pendência da Americanas é de R$ 1,6 milhão. Se for somada a essa cifra, a pendência de R$ 741 mil com o Shopping Iguatemi de São Paulo, a dívida da Americanas com o grupo soma R$ 2,364 milhões.

Em terceiro lugar no ranking de credores dos shopping está o Grupo AD, com R$ 2,103 milhões referentes aos shoppings Penha (R$ 1,170 milhão), ABC (R$ 660 mil) e Praça da Moça em Diadema, São Paulo (R$ 273 mil).

Nesta semana, o presidente da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), Glauco Humai, afirmou que o rombo da Americanas serve de alerta para que a indústria de shoppings busque constantemente diversificar o mix de lojistas para diluir os riscos.

– O caso serve de alerta. O setor não pode ficar refém de uma pequena base de varejistas – disse, durante entrevista coletiva.

O presidente da Abrasce acrescentou que está monitorando o caso da Americanas e o impacto potencial sobre o setor. Segundo ele, a varejista ocupa um espaço importante nos shoppings. No entanto, não se trata de uma situação generalizada de calote. Ao todo, o Brasil tem 628 shoppings.

*AE

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