Agência de classificação de risco rebaixa nota do Brasil
S&P considera que país não conseguiu realizar reformas. Nota cai de BB para BB-
Henrique Gimenes - 11/01/2018 21h14 | atualizado em 12/01/2018 11h29
Nesta quarta-feira (11), a agência internacional de classificação de risco Standard&Poor’s (S&P) decidiu pelo rebaixamento da nota de crédito soberano do Brasil. A classificação caiu de BB para BB-, três níveis abaixo do grau de investimento. Mesmo com a queda, a agência elevou a perspectiva para o rating do país de negativa para estável.
A agência já havia ameaçado cortar a nota brasileira caso o país não conseguisse realizar a Reforma da Previdência. Na ocasião, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, considerou o aviso como “normal”. No entanto, como o país está com a perspectiva estável, não há previsão de um corte da nota de crédito no curto prazo.
Em sua justificativa, a S&P destacou que “apesar de vários avanços da administração Temer, o Brasil fez progresso mais lento que o esperado em implementar uma legislação significativa para corrigir a derrapagem fiscal estrutural e o aumento dos níveis de endividamento”.
A agência ainda apontou que “ocorreram retrocessos até mesmo medidas fiscais de curto prazo, como uma determinação para suspender o adiamento das altas de salários dos funcionários públicos e as contribuições de segurança social dos trabalhadores do setor público”.
Em 2015, as três principais agências de classificação, a S&P, a Moody’s e a Fitch realizaram sucessivos cortes na nota de crédito soberano do Brasil.