‘A pandemia atrasou o programa de privatizações’, diz Guedes
Ministro da Economia, no entanto, disse que a agenda de desestatizações segue caminhando
Pleno.News - 05/04/2021 18h10

O ministro da Economia, Paulo Guedes, mais uma vez argumentou que a pandemia de Covid-19 atrasou programa de privatizações do governo, mas alegou que a agenda de desestatizações segue caminhando.
– A inclusão de Eletrobras e dos Correios no Programa Nacional de Desestatização (PND) mostra que a base do governo está alinhada com o programa de privatizações. Colocamos essas empresas na esteira – afirmou, em videoconferência com a XP Investimentos.
Ele considerou que o ideal é fazer a capitalização da Eletrobras, e não fatiar a empresa em diversos leilões.
Para o ministro, o setor provado tem condições mais que suficientes para investir na economia, desde que um fiscal forte possibilite a manutenção dos juros baixos.
– Quem tiver vendendo que o governo vai crescer com investimentos públicos, está tocando um bumbo que a gente já tocou e deu errado. Dilma tocou o bumbo até afundar ela, o mandato, tudo (…) Temos que tomar cuidado com discurso de ‘vamos crescer’, porque se for pelo lado errado, vai dar muito errado – alertou.
Nesse sentido, Guedes enfatizou que a retomada da economia precisa vir pelo setor privado.
– O Brasil perdeu a dinâmica de crescimento ao longo de 30 anos tentando o caminho do setor público. Deu errado (…) No curto prazo, temos desafio de transformar volta em V pelo consumo em investimento. Se fizermos a retomada pelo setor público, a inflação dispara e o desemprego resiste – apontou.
Por fim, o ministro mais uma vez levantou a ideia de criar um “Fundo Brasil” com as empresas estatais para fazer política de transferência de renda por meio dos dividendos dessas companhias.
– Vamos acelerar as privatizações e transferir propriedade para os mais pobres – repetiu.
*Estadão
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