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Ministério esclarece boatos de suspensão de medicamentos

Informação circula há 14 anos

Mayara Macedo - 07/05/2019 16h17

Fake news sobre remédios circula desde 2005 Foto: Pixabay

“Medicamento proibido
URGENTE – RISCO DE MORTE
Por favor, divulguem. O Ministério da Saúde através da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, suspendeu por meio da Resolução 96, a fabricação, distribuição, manipulação, comercialização e armazenagem de medicamentos com o principio ativo denominado FENILPROPALAMINA.
A medida foi tomada depois que a ‘Food and Drug Administration’, (FDA), dos Estados Unidos, constatou que a substância vinha provocando adversos FATAIS em usuários americanos (hemorragia cerebral). No Brasil a suspensão é preventiva, uma vez que não existem casos relatados. Solicito, pois, a todos que estejam utilizando qualquer medicamento da lista acima, que suspendam a medicação e procurem o seu médico para maiores detalhes.

Atenciosamente,

MAURICI ARAGÃO TAVARES
Médico do Trabalho
CRM.SP.33006

POR FAVOR, REPASSEM”

A mensagem acima está sendo compartilhada nas redes sociais com a informação de que a substância Fenilpropanolamina e mais 22 remédios teriam sido supostamente suspensos pela Anvisa e, por se tratar de um assunto sério, o Pleno.News buscou informações sobre a veracidade do fato.

O texto, em parte, é verdadeiro. A substância Fenilpropanolamina realmente foi suspensa, porém, isso aconteceu no ano 2000, como consta no site da Anvisa.

– A substância era utilizada em alguns medicamentos disponíveis no mercado, mas foi banida do Brasil e no restante do mundo há quase 17 anos. Na época, este ingrediente foi retirado do mercado depois que o Food and Drug Administration (FDA), agência de medicamentos dos Estados Unidos, constatou que a substância vinha provocando hemorragia cerebral fatal em alguns usuários. No Brasil, não foram registrados casos e a suspensão foi preventiva. Atualmente nenhum medicamento disponível no mercado brasileiro possui a fenilpropanolamina. A Resolução RDC 96/2000 proibiu a substância – esclarece o órgão.

Já o médico citado no texto, dr. Maurici Aragão Tavares, não tem nenhuma ligação com a autoria da mensagem, apesar de ter suas informações pessoais (nome e CRM) inseridas na mensagem.

– Existe um documento público em cartório, na cidade de Santos, desde essa época, refutando a autoria de tais mensagens. Em pleno seculo XXI é incrível como mensagens assim alcancem ainda notoriedades – declarou o doutor para o jornal Extra.

Caso veja alguma mensagem de origem duvidosa, mande para nossa redação através do email redacao@plenonews.com.br

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O autor da mensagem, e não o Pleno.News, é o responsável pelo comentário.