Governo Bolsonaro não pediu Gibi da Mônica contra drogas
Mauricio de Sousa esclareceu que gibi existe há mais de 20 anos
Camille Dornelles - 13/01/2020 10h40

Ao contrário do que diz uma corrente nos aplicativos de mensagens e redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro não pediu a elaboração de uma revista em quadrinhos de combate às drogas. Boatos afirmam que um pedido do líder do Executivo culminou na elaboração de “um gibizinho para esinar as crianças a se protegerem das drogas e ajudarem a identificar os colegas que estejam envolvidos a fim de ajudá-los”.
A notícia falsa também diz que o quadrinista Maurício de Souza, criador da Turma da Mônica, foi quem elaborou o gibi com os personagens infantis famosos.
– Recomendo que imprimam e leiam com seus filhos, antes de dormir, e conversem com eles – termina o texto.
Ele é compartilhado junto com um artigo PDF da revistinha em questão, intitulada Uma História Que Precisa Ter Fim. Frente ao boato, Maurício de Souza emitiu uma nota esclarecendo a informação.
– A revista Uma História Que Precisa Ter Fim foi desenvolvida pela MSP há mais de 20 anos, seguindo as orientações sobre a prevenção ao uso de drogas que eram adotadas na época. Desde então, a abordagem sobre o tema se transformou, acompanhando a evolução da sociedade. A recente divulgação da publicação feita por meio das redes sociais não partiu da MSP e não guarda relação com órgãos governamentais atuais, ao contrário do que vem sendo informado. A MSP vem trabalhando numa versão atualizada do material – registra.
TRABALHOS COM O GOVERNO BOLSONARO
Apesar de a revista não ter relação com o governo do presidente Jair Bolsonaro, o quadrinista já se reuniu com a ministra da Família, Mulher e Direitos Humanos, Damares Alves, Em março do ano passado, os dois se encontraram no gabinete dela e conversaram sobre a criação de projetos de proteção aos menores.

– Hoje recebi o querido Mauricio de Sousa, criador da Turma da Mônica. Inspiração para mim e tantas crianças, ele veio para ajudar em projetos de proteção à infância. Precisamos resgatar a inocência de nossos pequeninos. Infância protegida! A vítima em primeiro lugar – escreveu.
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