Ana Luiza Menezes - 12/07/2019 16h37 | atualizado em 12/07/2019 16h52

É falsa a publicação, que circulou nas redes sociais, acusando a deputada federal Flordelis (PSD-RJ) de ter adotado 51 crianças para receber um auxílio-adoção de cinco salários mínimos por cada uma delas. Apesar de existir o benefício do governo para servidores públicos que adotam, a lei não permite que haja um acúmulo de pagamentos em casos de muitas adoções.

Fora isso, quando a lei estadual nº 3499/2000, sobre o benefício, entrou em vigor, a parlamentar já tinha adotado a maioria dos filhos. Flordelis também nunca foi servidora pública e, portanto, não teria como receber o auxílio.

Outra verdade que não combina com o post é o fato de que as crianças não eram todas maiores de 12 anos (idade a partir da qual o benefício se torna mais alto). Apesar disso, o falso conteúdo foi disseminado na internet, com um grande número de compartilhamentos. As mensagens começaram a ser divulgadas no dia 26 de junho, dez dias após a morte do pastor Anderson do Carmo, marido de Flordelis.

Ao portal Aos Fatos, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos (SEDSDH) do Estado do Rio informou, por meio de uma nota, que Flordelise seu falecido marido não recebiam o benefício.

FAMÍLIA GRANDE
Flordelis tem 55 filhos, dos quais 51 foram adotados. Destes, 37 são sobreviventes de uma chacina ocorrida no Centro do Rio de Janeiro, em 1994. Em entrevista ao UOL, a deputada explicou 14 dos 37 menores adotados eram bebês, de um a três meses de idade à época.

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