Crânio de 300 mil anos não se parece com nenhum humano
Cientistas ficaram intrigados ao não conseguirem classificar o fóssil em nenhum grupo taxonômico
Thamirys Andrade - 11/08/2023 16h40 | atualizado em 11/08/2023 17h17
O fóssil de um crânio humano, desenterrado no leste da China, está intrigando cientistas. O espécime, que segundo os arqueólogos possui 300 mil anos, não é semelhante ao crânio de nenhum outro humano pré-moderno já encontrado, e por isso não pôde ser classificado em um grupo taxonômico.
O caso foi publicado no Journal of Human Evolution em 31 de julho. De acordo com o artigo, uma equipe de cientistas da China, Espanha e Reino Unido encontrou o fóssil na região de Hualongdong, em 2015. Na ocasião, outros 15 crânios foram desenterrados, todos do período Pleistoceno Médio, de acordo com os pesquisadores.
Contudo, a mandíbula de um deles chamou a atenção dos cientistas. Chamada de HLD 6, ela possui características tanto dos hominídeos quanto dos seres humanos modernos, chamados pelos cientistas de Homo Sapiens.
Dessa forma, ao mesmo tempo que a mandíbula em questão possui características do Homo Sapiens, ela também se assemelha aos denisovanos, ramo antecessor ao Homo Erectus e que aparentava não ter queixo.
– O HLD 6 não apresenta um queixo verdadeiro, mas tem alguns traços pouco expressos que parecem antecipar essa característica típica do Homo Sapiens – declarou María Martinón-Torres, autora do estudo, segundo a CNN.
Os cientistas creem que o crânio pertenceu a um adolescente que morreu entre 12 a 13 anos de idade e tenha uma classificação humana ainda não denominada pelos pesquisadores.
– Mais fósseis e estudos são necessários para entender sua posição precisa na árvore genealógica humana – completou Martinón-Torres.
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