Cidade da Noruega proíbe seus cidadãos de morrer no local
A recomendação da prefeitura é que encaminhe os enfermos a outras cidades
Camille Dornelles - 21/05/2018 12h10

Uma lei inusitada em vigor desde 1950 proíbe que os cidadãos da cidade de Longyearbyen, na Noruega, morram no município. O lugar, que faz parte de um conjunto de ilhas remotas ao norte do país, fica próximo ao Polo Norte e tem temperaturas extremamente baixas.
As médias mensais na cidade oscilam entre os -15,2 graus em fevereiro e 6,5 graus em julho. O frio faz com que os cadáveres não se decomponham, o que pode causar problemas de saúde. A lei municipal foi decretada após uma epidemia de gripe castigar grande parte da população em 1918.
Quase 80 anos depois, cientistas estudaram os corpos das vítimas e encontraram alguns vírus ainda vivos, preservados pelo frio congelante. Com a proibição, pessoas muito enfermas devem ser encaminhadas para tratamento em outras cidades. A família pode cremar o corpo e retornar com as cinzas para o município.
Outra solução encontrada pelos cerca de 2 mil habitantes foi a de viajar para outras cidades para dar à luz e registrar seus filhos. Assim, a minoria dos moradores de Longyearbyen são de fato cidadãos do local e não seriam “punidos” caso morressem no município.
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