Jade Nunes - 09/02/2018 10h43 | atualizado em 09/02/2018 14h04

O vírus da febre amarela foi encontrado em amostras de urina e sêmen de um paciente que sobreviveu à doença, quase um mês após ele ter sido infectado.

Pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP), em colaboração com profissionais dos institutos Butantan, de Infectologia Emílio Ribas e da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), são os responsáveis pela descoberta.

Atualmente, entende-se que o período para que a febre amarela seja transmitida inicia-se entre 24h e 48h antes do aparecimento dos primeiros sintomas, e se estende de três a sete dias após o início da manifestação da doença. Na maioria dos casos, os sintomas somem após três ou quatro dias. Apenas uma pequena parcela dos pacientes entra na fase tóxica da doença.

Os cientistas ainda não têm certeza quais podem ser as consequências da presença do vírus em amostras de urina e sêmen. Também não sabem com qual frequência e por quanto tempo ele persiste nesses materiais biológicos, uma vez que estão se baseando em apenas um paciente.

Mas no caso do Zika, o vírus mantém-se no sêmen durante meses e, depois, começa a diminuir lentamente. Além disso, foi confirmado que pode ser transmitido sexualmente.

O estudo foi relatado em um artigo da revista Emerging Infectious Diseases, do Centers for Disease Control and Prevention (CDC), agência de proteção à saúde do governo dos Estados Unidos.

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