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Paraty pode ser reconhecida como Patrimônio Mundial

O pleito da região é de patrimônio misto, cultural e natural

Jade Nunes - 01/07/2019 07h50 | atualizado em 01/07/2019 07h51

O Centro Histórico de Paraty Foto: Reprodução/Wikimedia Commons

O Comitê do Patrimônio Mundial da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) se reúne, a partir deste domingo (30) e até o próximo dia 10 de julho, em Baku, no Azerbaijão, para decidir quais lugares do planeta merecem o título de Patrimônio Mundial. E Paraty, cidade histórica do litoral fluminense, está na disputa.

Hoje, 1.092 lugares do mundo têm esse título. Deles, 21 estão no Brasil: 14 são considerados patrimônios culturais (como Brasília e os centros históricos de Ouro Preto, Salvador e Olinda, entre outros), e sete, naturais (como a Área de Conservação do Pantanal e o Parque Nacional do Iguaçu).

Paraty deve se somar a essa lista, segundo os pareceres dos órgãos assistentes do comitê da Unesco.

Mas não é só o centro histórico da cidade colonial que postula o título de patrimônio cultural. A paisagem da região também deve ser reconhecida pelo órgão internacional. Por isso, foi incluída na candidatura toda a região da Baía de Ilha Grande. O pleito é de patrimônio misto, cultural e natural, como são outros 38 locais pelo mundo.

A candidatura de Paraty e Ilha Grande, também no Rio de Janeiro, envolve uma área de 149 mil hectares, com quatro áreas de conservação (como o Parque Nacional da Serra da Bocaina e o Parque Estadual da Ilha Grande), além de 187 ilhas no total.

Entrar na lista é importante porque, com o título, “esse lugar é reconhecido como excepcional”, explica a presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Kátia Bogéa.

– A partir disso, o planeta todo volta seu olhar àquele lugar. E aumenta também a responsabilidade do país, porque tem obrigações de fazer toda a proteção e preservação desse sítio. A primeira consequência é otimizar a questão do turismo, claro que de forma sustentável.

A cidade já havia concorrido ao título de Patrimônio Mundial antes, em 2009, sem sucesso.

– Existia uma resistência grande do Comitê a novas entradas de cidades coloniais, porque há muitas dessas na lista da Unesco. Agora, estamos apresentando não apenas a cidade colonial, mas um lugar de natureza exuberante, excepcional – afirma a presidente do órgão.

Levantamento do Iphan aponta que há, no local, 36 espécies vegetais consideradas raras, numa região de Mata Atlântica com forte presença de aves e sapos e pererecas, além de registros de mamíferos como a onça-pintada e o muriqui, maior primata do continente americano.

Há, também, duas terras indígenas, dois territórios quilombolas e 28 comunidades caiçaras. Os primeiros registros de povoamentos datam de 4 mil anos, diz o órgão.

Fundada em 1667, Paraty foi uma das cidades portuárias mais importantes do período colonial, por ser o fim da movimentada rota de escoamento do ouro minerado em Minas Gerais.
O conjunto arquitetônico da cidade já é tombado pelo Iphan desde 1958.

O comitê da Unesco se reunirá até o dia 10, mas espera-se que o resultado sobre a candidatura brasileira saia até o próximo fim de semana.

Desde julho do ano passado, quando a candidatura da cidade foi aceita, o local tem recebido visitas de especialistas da Unesco para avaliar a área.

Houve uma série de exigências, diz Bogéa, sobretudo em relação a questões ambientais. O órgão analisou, por exemplo, o tipo de proteção ambiental a que a região estava sujeita segundo as leis brasileiras.

O Brasil vota na eleição, além de outros 20 países, como China, Cuba, Espanha, Noruega e Uganda, entre outros.

Patrimônios mundiais que não forem bem conservados podem perder o título. A Unesco tem uma lista de bens em perigo, e a eleição em Bako, no Azerbaijão, também decide quais sítios farão parte desse rol. Concorrem à participação seis sítios, entre eles as ruínas da Babilônia, no Iraque, e ilhas e áreas protegidas no golfo da Califórnia, no México.

*Folhapress

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