Síndrome do pânico: Conheça causas e sintomas da doença
Padre Fábio de Melo revelou ter o transtorno que afeta milhões de brasileiros
Jade Nunes - 15/08/2017 15h46 | atualizado em 15/08/2017 15h47

Taquicardia, ansiedade extrema, sensação de falta de ar, tremores, tonteiras e formigamentos pelo corpo. Esses são sintomas bem conhecidos de quem tem síndrome do pânico. O transtorno de ansiedade, que tem ligação com a doença, afeta cerca de 9,3% dos brasileiros, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). É a taxa mais alta do mundo. Na última semana, o padre Fábio de Melo revelou fazer parte dessa estatística.
O padre contou em um post no Instagram que passou dias trancado em casa com uma sensação de morte, tristeza profunda e medo de tudo. Logo depois ele recebeu o diagnóstico. Importante ressaltar que muitas vezes o paciente se isola não por ter desenvolvido depressão decorrente do transtorno, mas porque tem medo de sofrer uma crise em público, de acordo com o psicólogo Daniel Camaforte. Ele também lembra que muitas vezes as pessoas confundem os sintomas e acreditam estar sofrendo de algum problema físico quando, na verdade, a raiz da doença é psicológica.
– O transtorno do pânico pode ser entendido como uma expressão ansiosa extremamente patológica e de alta intensidade. Se assemelha muito aos sintomas da ansiedade clássica, mas vem com uma intensidade muito alta – explica o psicólogo.
Para realizar o tratamento, é necessário ter o acompanhamento de um psiquiatra. Em alguns casos há usos de medicamentos, mesmo que apenas em um primeiro momento para controlar a doença. O imprescindível é se consultar com um especialista, que também vai conseguir apontar as causas do problema.
Qualquer situação que exija uma resposta da pessoa frente a um problema, um estresse do trabalho, uma questão familiar, pode desencadear uma crise
O profissional também conta que além dos fatores ambientais, existe uma tendência genética, principalmente se houver familiares com quadros de ansiedade. Além disso, quem lida com o público pode parecer que fica mais propenso a ter a doença. Mas não é bem assim. Ainda de acordo com Camaforte, qualquer pessoa pode ter síndrome do pânico. É a forma como a pessoa lida com a exposição pública que vai ditar isso.