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Entenda a técnica que faz Ana Furtado não perder cabelo

Apresentadora foi diagnosticada com câncer de mama e está fazendo quimioterapia

Jade Nunes - 27/06/2018 10h54 | atualizado em 27/06/2018 11h20

Ana Furtado fazendo a crioterapia Foto: Reprodução/ Instagram

Após receber o diagnóstico de câncer, surgem as mais variadas dúvidas sobre as formas de tratamento e seus efeitos colaterais. No caso das mulheres, um dos mais temidos é a perda de cabelos ocasionada pela quimioterapia.

Para evitar essa consequência, Ana Furtado está apostando na crioterapia, que consiste no uso de uma touca gelada, que resfria o couro cabeludo, levando à contração dos vasos sanguíneos e, desta forma, cria uma espécie de capa protetora que preserva os folículos capilares.

A apresentadora foi diagnosticada com câncer de mama e fez uma cirurgia para retirar um tumor. Agora, ela tem feito sessões de quimioterapia.

Médicos indicam que o diagnóstico de câncer eleva o risco de problemas secundários como autoestima baixa, ansiedade, estresse e depressão.

Segundo os especialistas, o impacto psicológico é ainda maior quando se trata de câncer de mama, a neoplasia maligna que mais atinge o sexo feminino, sendo responsável 28% do total de casos diagnosticados entre este grupo em 2016, um universo que representa 60 mil pessoas, de acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA).

– É preciso destacar que mulheres com câncer de mama passam por um turbilhão emocional que tem início no momento em que descobrem a condição e continua, com altos e baixos, ao longo de todo o processo de tratamento. O diagnóstico desse tipo de tumor, em especial, gera inseguranças relacionadas aos desdobramentos que a doença provocará na imagem da paciente. Por isso, é preciso garantir não apenas que seja realizado o devido acompanhamento da condição em si, como também atentar aos aspectos psicológicos – explica o dr. Daniel Gimenes, oncologista do Centro Paulista de Oncologia – CPO (Grupo Oncoclínicas).

ENTENDA COMO FUNCIONA A CRIOTERAPIA
Um capacete revestido por um gel em temperatura de 4º C é conectado por meio de um tubo a uma máquina que se assemelha a um circulador de ar.

Colocado sobre a cabeça do paciente 60 minutos antes da infusão de quimioterapia, a touca permanece sendo usada durante toda a aplicação do quimioterápico e só é retirada cerca de uma hora após a aplicação completa do medicamento. Todo o processo dura em torno de três a quatro horas.

– Esse dispositivo gelado causa uma sensação térmica de aproximadamente 15º C e, em geral, é bem tolerada. Em alguns casos pode haver queixa de dor de cabeça, tontura e sensação de frio, mas tais sintomas não são considerados como fatores que levem à desistência do procedimento pelos pacientes, graças ao bons resultados alcançados – ressalta o oncologista do CPO.

Esse resfriamento do couro cabeludo diminui o fluxo sanguíneo para a raiz de cada fio, fazendo com o que folículo capilar fique menos suscetível à agressão dos quimioterápicos e, portanto, menos propenso ao risco de queda.

O especialista frisa que o nível de preservação do cabelo está relacionado ao tipo de quimiterápico empregado. Considerando as drogas mais fortes, que levariam à queda total dos fios, é possível reduzir o índice de perda para 20% a 30%.

– Isso significa que o uso de peruca ou lenços se torna desnecessário na maioria das situações, contribuindo amplamente para a autoestima das mulheres em tratamento – pontua o dr. Daniel Gimenes.

A crioterapia pode ser aplicada em pacientes diagnosticados com outros tipos de câncer, tendo o mesmo potencial de eficácia, mas há restrições. A contraindicação acontece para quem tem câncer hematológico (que afeta o sangue), como leucemia e linfoma. Pessoas que apresentam alergia no couro cabeludo também não devem fazer o tratamento.

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