Ana Luiza Menezes - 01/11/2018 17h25

No interior do Mato Grosso, um grupo de alunos decidiu abrir mão de uma viagem. Eles consideraram que seria melhor doar o dinheiro para ajudar no tratamento de um colega de classe cujo exame de sangue tinha acusado um problema.

O caso aconteceu na última quinta-feira (25), quando estudantes da Escola Municipal Agropecuária de Tanguro procuraram a coordenadora Clesia Silena Rosa Sales. Depois de saberem sobre um possível problema de saúde do adolescente Robson Emidio, eles doaram mais de mil reais.

A quantia tinha sido arrecadada por meio de rifas, durante o ano, e pagaria despesas de uma viagem ao Parque Águas Quentes. Porém, a amizade falou mais alto. A atitude dos meninos chegou a ser destaque em um perfil do Facebook e também chamou a atenção da mídia.

Entretanto, nesta semana, uma nova informação animou os amigos. Robson chegou a viajar para Goiânia com sua mãe e uma professora da escola a fim de realizar um tratamento, uma vez que seu exame de sangue tinha indicado que o número de plaquetas estava abaixo do normal.

Um especialista foi encontrado e a novidade é que na última terça-feira (30) foi revelado o real problema de Robson. Ele não corre risco de vida. Um médico comprou, por meio de um laudo, que o coagulante EDTA não é bem aceito pelo sangue do rapaz e, por isso, houve um erro no resultado do primeiro hemograma. O produto, que é comumente usado em coletas de sangue, não pode ter contato com o garoto.

O médico de Goiânia pediu um novo exame, dessa vez utilizando um tubo com citrato. O número de plaquetas foi registrado como normal e o profissional descobriu que todas as vezes que o jovem passar por exames deve informar ao laboratório que não pode usar a outra substância.

A descoberta alegrou a todos, que temiam pela vida de Robson. Agora, família e colegas celebram o final feliz, uma vez que continuarão com o adolescente por perto.

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