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Prevenção ao câncer de boca pode salvar vidas

Lesões na boca que não cicatrizam podem ser sinais da doença

Ana Luiza Menezes - 24/10/2018 20h37

Higiene oral cuidadosa e consultas regulares ao dentista ajudam no diagnóstico precoce Foto: Pixabay

Nesta quinta-feira (25) acontece o Dia Nacional da Saúde Bucal. No Brasil, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), a doença é a terceira com mais ocorrências, cerca de 15 mil casos por ano.

Segundo especialistas, lesões na boca que não cicatrizam podem ser sinais de problemas graves. Muitas vezes silencioso, o câncer bucal atinge cerca de 15 mil pessoas ao ano, sendo a incidência predominante em homens acima de 50 anos.

Uma afta insistente é um sintoma que pode até passar despercebido, mas na realidade, pode representar um forte alerta para o tumor de cavidade oral, câncer de boca. Sangramento repentino, feridas, manchas brancas ou qualquer lesão desse tipo que permaneça por mais de 15 dias na boca deve ser investigado com atenção.

A doença costuma ocorrer na parte posterior da língua. Mas outras regiões como o assoalho bucal, lábios, as bochechas, gengivas, glândulas salivares, amígdala e o céu da boca também podem ser afetadas.

Por apresentar sintomas sutis, é preciso sempre estar atento aos primeiros sinais. Além de feridas que não cicatrizam, nódulos na região, dor e dificuldade para mastigar ou engolir são outros sintomas, que podem ajudar a detectar um caso.

– Aliar o conhecimento dos sintomas à realização de cuidados com higiene da boca e consultas regulares ao dentista pode evitar que a doença seja apenas diagnosticada em estágios mais avançados, ajudando a salvar vidas – orienta a doutora Carolina Fittipaldi, oncologista do Centro de Excelência Oncológica no Rio de Janeiro.

FATORES DE RISCO
O desenvolvimento do câncer de boca está muito relacionado ao estilo de vida. O fumo e o álcool ainda são os principais fatores, com 90% dos casos associados a esses hábitos, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). Nos últimos anos, o HPV também tem sido um fator principal para o surgimento da doença, inclusive entre jovens. O contato sexual, principalmente no sexo oral, é a principal forma de contaminação.

– Apesar da queda do número de fumantes perceptível nos últimos anos, o câncer de boca aumentou cerca de 225% na duas últimas décadas, sendo o papiloma vírus um dos principais fatores responsáveis, visto que ele é capaz de acelerar o desenvolvimento desse tumor – disse a oncologista.

A higiene oral feita de forma precária e inadequada, uma dieta pobre em minerais e vitaminas e a exposição aos raios UVA e UVB sem proteção nos lábios também podem contribuir para o aparecimento da doença.

TRATAMENTO
O tratamento será determinado de acordo com a localização e o estágio da doença.

– Cada caso requer um tratamento específico, que pode combinar a cirurgia para a retirada do tumor, quimioterapia e a radioterapia – esclareceu Carolina.

Quando a doença é diagnosticada ainda no início, as chances de sucesso podem chegar a 90% quando o paciente realiza um tratamento adequado. Nos casos em que a doença atinge um estágio avançado, esses índices apontam uma média de 40%.

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