Jade Nunes - 05/07/2017 14h49 | atualizado em 05/07/2017 14h50

A razão por pessoas de regiões específicas viverem mais que outras, desperta a curiosidade de cientistas e leigos. A alimentação parece ser a resposta para essa questão.

Dan Buettner, cientista americano, estudou os hábitos alimentares na ilha de Okinawa, no Japão, na cidade de Loma Linda, na Califórnia (EUA), na ilha de Ikaria, na Grécia, na Sardenha (Itália) e na península de Nicoya, na Costa Rica. O estudo resultou no livro “As Zonas Azuis”. Sobre a alimentação de tais locais, Buettner disse à BBC Brasil:

– A maioria dos alimentos que consomem vêm de plantas. Mas, acima de tudo, são alimentos não processados ou muito pouco processados.

Ainda segundo o cientista, a alimentação básica vem das folhas verdes (vegetais), oleaginosas e grãos. Mas existem muitas variações e complementos que dependem exclusivamente de cada região. Uma das coincidências nas dietas é a ausência total de refrigerantes e produtos derivados do leite de vaca. Já quando se trata de proteína, peixe é o alimento mais consumido.

Para beber, água e vinho são comuns nessas áreas. Mas o café também se faz presente. A bebida é regular nas zonais azuis, especialmente porque a população a considera antioxidante.

A pesquisa conclui que a influência de alimentos processados ao redor do mundo é péssima. E algumas zonas azuis estão perto de perderem tal “status” por força da incorporação de comidas processadas em suas dietas.

Para Buettner a saída para uma vida longa e saudável é se alimentar da forma mais natural possível.

– O segredo é dedicar o tempo a preparar esses alimentos básicos que os humanos consomem há milhares de anos, torná-los saborosos – considerando que nosso paladar foi destruído pelo açúcar, pelo sal e pela gordura (dos alimentos processados). – afirma o cientista.