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Pastores explicam como lidar com o machismo nas igrejas

Líderes acreditam que tema precisa ser tratado dentro da comunidade religiosa

Rafael Ramos - 26/02/2019 11h49

Machismo é assunto para se falar na igreja Foto: Reprodução

Seja através de comentários muitas vezes tidos como “inocentes” por quem os profere ou por atitudes mais violentas, como o que aconteceu com a mulher espancada durante 4h no primeiro encontro, o machismo é algo presente na sociedade. A questão está tão intrincada à cultura brasileira que, uma pesquisa divulgada pelo IBOPE em 2017, mostrou que o machismo está presente no cotidiano de 99% dos brasileiros.

“Precisamos ser mais bíblicos nas nossas definições de homem e mulher” Foto: Reprodução

Como lugar formador de opinião, a igreja tem aberto as portas e a mentalidade para discutir acerca do tema. Para o pastor Douglas Gonçalves, fundador do movimento Jesuscopy, é importante se aprofundar e saber o que é homem na Bíblia. Ele afirma que em nenhum momento você vai encontrar a Bíblia dizendo que homem não chora ou que a mulher é o sexo frágil.

– Deus coloca Adão no jardim do Éden antes da mulher. Ele inicia e ela vem como auxiliadora idônea. A mulher tem uma capacidade sobrenatural de pegar algo iniciado, dar continuidade e fazer aquilo florescer. Iniciar é importante, mas dar continuidade é tão importante quanto. Se qualquer um dos dois falhar, não tem projeto – declarou ao Pleno.News.

“O verdadeiro homem de caráter respeita as mulheres” Foto: Reprodução

À frente da Igreja Profetizando às Nações, no Rio de Janeiro, o pastor Emerson Pinheiro é taxativo ao dizer que machismo é um grande sinal de insegurança e medo por achar que vai perder espaço para a esposa.

– Ele não sabe quem ele é e acha que vai perder espaço para esposa dele. O verdadeiro homem de caráter respeita as mulheres e as deixa serem livres para cumprir seu chamado. Esse homem ama a Deus acima de tudo e se entrega pela sua família assim como Cristo se entregou pela igreja.

“O machista se considera acima dos outros como um todo” Foto: Reprodução

Formado em sociologia, o pastor Bruno Barroso, da Oitava Igreja Presbiteriana de Belo Horizonte, pressupõe que o machismo é implantado na mente do homem desde sua mais tenra criação às mídias para homens adultos. Seja através da pornografia, do mercado da moda e até mesmo na própria educação secular. Mas não descarta que também se faz presente em membros da igreja.

– A igreja é um dos principais núcleos sociais que mostram o valor real de um homem e de uma mulher. O machismo não é institucionalizado nas comunidades pelo simples fato de mantermos e conservarmos os papeis de gênero. O machismo enraizado, quase que de maneira educacional, traz o outro sempre em detrimento de si. O machista não é apenas um homem que se considera superior á mulher. É uma pessoa que se considera acima dos outros como um todo.

Bruno acredita que o machista não se sociabiliza e, ao invés de proteger e trazer valor à comunidade onde está inserido, traz confusão e insegurança aos que estão à sua volta. Ele destaca ainda a importância em criar esses meninos à luz da Bíblia para serem homens de verdade.

– À luz da Bíblia temos ensinamentos que, se alcançarem a sociedade, teremos homens que transformarão esta nação. Em tempos de crise de caráter, temos tido profissionais e homens que não honram suas “calças”. São eternos adolescentes que fogem devido à dificuldades. Se cumprirmos as leis e formos homens que promovem o bem creio que seremos de fato sal e luz.

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