Natalia Lopes - 12/03/2019 11h29 | atualizado em 12/03/2019 12h31

Psicólogo, psicanalista, coach e consultor de negócios, Luciano Vilaça chama atenção por sua vasta formação acadêmica. Aos 54 anos, ele é graduado em Direito e Psicologia, tem especializações em família e negócios, além de mestrados e doutorado por renomadas instituições, como Harvard, UFRJ, FGV, PUC- RJ e Florida Christian University.

Casado e pai de três filhos, Vilaça atuou por mais de 30 anos como pastor local. Inovador, ele desenvolveu uma metodologia que tem transformado a vida de milhares de pessoas. Nesse bate-papo, ele conta um pouco sobre o método e fala de sua estreia como colunista no Pleno.News. A partir desta quarta-feira, o profissional terá o espaço Dentro e Fora da Caixa, com atualização semanal.

Como você define o trabalho de um coaching?
O coaching é uma relação de parceria criativa entre o coach e o coachee. Nela utilizamos conhecimentos, técnicas e ferramentas para promover mudanças e alcançar objetivos, sejam pessoais, profissionais ou organizacionais. O processo proporciona crescimento, felicidade e elevação do nível de satisfação pessoal e profissional. O coaching seria, então, a arte de aumentar a performance e o desempenho ou, ainda, o processo de evocar a excelência nas pessoas, nos times, nas organizações e instituições.

Qual é a metodologia que você desenvolveu?
Uma nova prática de coaching, o Coaching Dialógico. Nele se compreende que as diferentes escolas de coaching devem ser vistas a partir de uma perspectiva complementar. Não existe um conhecimento pleno, estamos sempre diante do inacabado, daí a necessidade de relativização das teorias e de uma reflexão constante. A proposta considera que as diferentes construções teóricas não se excluem, mas se complementam.

O coaching pode ser utilizado em qualquer problema de ordem emocional?
Há escolas demasiadamente simplistas e que acabam utilizando o processo como se fosse um remédio único para todas as doenças ou como a ferramenta para todas as situações. Nem todas as situações da problematicidade humana podem ser resolvidas com as técnicas e as ferramentas de coaching. O coaching não é um instrumento para todos os males da existência humana. Há outras técnicas que podem ser mais adequadas e úteis em determinadas situações.

Quais são os problemas que mais levam as pessoas a te procurarem?
Conflitos nas relações conjugais e familiar, dificuldade de gerir suas empresas e organizações.

Que conselho você daria para alguém que deseja buscar o coaching para uma questão pessoal?
Muita cautela. Hoje, quem busca um coach deve ter cautela para não ser vítima de falsos profetas e otimismos ufanistas. Muitos vivem a ilusão, alguns até bem-intencionados, de que um ou dois finais de semana entusiasmados lhe darão as competências para lidar com as complexidades do fenômeno humano e ostentar o título de coach. No cenário de efervescência e ascensão do coaching no Brasil há um pouco de tudo: coragem, ingenuidade, presunção e oportunismos mercadológicos.

O que você vai abordar na coluna Dentro e Fora da Caixa?
A coluna tem o objetivo de ajudar a superar padrões mentais recorrentes e construir novas formas de pensar. A ideia é convidar o leitor a reformular sua maneira de enxergar e atuar no mundo. Dentro dessa perspectiva, vamos tratar sobre família, negócios, sexualidade, liderança, crescimento emocional e outros.

O que mais te fascina no ser humano?
Sua capacidade de amar.

Qual é sua frase preferida?
Não é uma frase, mas um pensamento de minha autoria: “Quando o pai é presente, seu distanciamento e a sua ausência transformam-se em saudade, lembrança, memória amiga e solidária. A sua casa é sempre seu lar, o seu ninho, o seu lugar; é o lugar onde ele sempre está, mesmo quando ausente”.

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