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Noiva se casa em hospital no último dia de vida do pai

Gabriela Palheta decidiu adiantar a cerimônia para que seu pai pudesse acompanhar

Paulo Moura - 16/04/2020 08h48 | atualizado em 16/04/2020 08h50

Gabriela junto com o pai em sua cerimônia de casamento Foto: Arquivo Pessoal

A palavra emoção com certeza é a que melhor consegue descrever o casamento da jovem Gabriela Palheta, de 22 anos, com o noivo, Thalles Tonini, de 26. O momento por si só já seria algo marcante, mas Gabriela escolheu o hospital onde o pai estava internado com um câncer terminal para que ele pudesse acompanhar a cerimônia.

O mês original da cerimônia seria maio, mas Gabriela decidiu adiantar o enlace para o dia 5 de abril por conta do estado de saúde do pai, o piloto de avião Glauco Palheta. Coincidentemente, ele morreu na manhã seguinte à celebração do casamento.

– Eu sei que ele estava esperando só isso para descansar – disse a filha.

Glauco descobriu, em abril de 2019, que estava com um câncer de próstata. Em menos de dois meses, o quadro evoluiu para uma metástase. Segundo Gabriela, mesmo com toda a luta pelo tratamento, o quadro atingiu um estado irreversível em fevereiro deste ano.

– A gente fez todo o tratamento, quimioterapia, radioterapia, fez tudo, a gente tinha muita esperança – declarou.

Com toda a situação, Gabriela decidiu propor ao noivo que a cerimônia fosse realizada no hospital onde o pai estava. Após a decisão, os preparativos foram feitos junto com a equipe do Hospital Oswaldo Cruz, em São Paulo.

No dia especial, a jovem entrou no quarto acompanhada do pai, que estava na cama do hospital que foi empurrada por uma enfermeira. Ela contou que conseguiu improvisar o vestido, o buquê, e um cabeleireiro amigo da família fez seu penteado e maquiagem para o dia.

– Dois dias antes do meu casamento, meu pai teve um pico de lucidez que não acontecia há um tempo. Depois, ele falou que o casamento foi maravilhoso – declarou Gabriela.

Apesar do pai ter morrido no dia seguinte ao do casamento, a jovem contou que viu aquela cerimônia com um propósito, que era de levar alegria tanto para o casal, quanto para os últimos instantes de vida de seu pai.

– Meu pai sempre disse que existe um propósito para tudo, e poder compartilhar isso [o casamento] é uma alegria para a gente. Para a gente, é uma alegria poder levar esperança e amor para as pessoas – completou.

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