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Gabriela Doria - 10/11/2017 20h20 | atualizado em 10/11/2017 20h23

Não é segredo que a indústria da moda impõe e reproduz padrões estéticos, muitas vezes inalcançáveis para a maioria das pessoas. Mas, o que fazer quando o seu padrão de corpo não corresponde e nunca correspondeu ao que a moda vende? Pois foi pensando nisso que a modelo niteroiense Rebeca Costa, que tem nanismo, criou o instagram @looklittle.

– Minha mãe e minhas duas irmãs, que têm estatura alta, me falaram para eu mostrar quais são as dificuldades para nosso vestiário e como a gente pode fazer para correr da costureira. O @looklittle foi criado justamente para isso, para compartilhar essas ideias com as meninas que também têm nanismo – afirmou a modelo de 24 anos.

De acordo com Rebeca, a indústria da moda ainda não leva em consideração a diversidade dos corpos.

– O mercado ainda é muito precário. Nossas maiores necessidades são os membros inferiores e superiores. São nossas maiores dificuldades e ainda assim o que a gente mais usa no dia a dia. A gente compra, mas o preço pago numa calça fica o dobro com o reajuste da costureira – lamentou Rebeca.

De olho nessa necessidade, Rebeca percebeu que poderia dar algumas dicas úteis sobre moda para pessoas com nanismo. De acordo com ela, é possível fazer diversas adaptações em cima das peças de roupa tradicionais, além de escolher tamanhos mais próximos do pequeno.

– Geralmente eu busco sessões do tamanho P e PP. Blusas estilo cropped mais longas se tornam blusas normais e as roupas justinhas caem bem no corpo, pois não ficam largas e nem apertadas. Blusa de meia manga é certo! Ela fica como se fosse de manga comprida. E para malhar indico bermudinha de lycra porque em nós fica como calça comprida. Calçados eu pego muito da coleção teen ou ‘tal mãe tal filha’, que corre do ar infantil. Por aí a gente vai adaptando – declarou a carioca.

Apesar dos improvisos no guarda-roupa para adaptar os vestiários, Rebeca acredita que ainda há um longo caminho a ser percorrido, sobretudo no que diz respeito à diversidade dos corpos.

– Eu acho que as empresas de moda ainda têm a mente muito fechada pela padronização. Eles têm que se aprofundar não só para pessoas com nanismo, mas para todos os tipos de diversidades. Não existe só tamanho P, M e G. Não é só do 34 ao 46. Existem outros números e outros tipos de corpos.

Segundo a modelo carioca, não se trata de querer privilégios, mas o básico que as pessoas merecem.

– Em nenhum momento a gente quer uma moda especial. Queremos algo de direito, algo inclusivo. Queremos ser pessoas com acesso como qualquer um, como garante a lei. Somos todos diferentes mediante a nossa igualdade e, portanto, temos os mesmo direitos – defendeu a jovem.

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