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Massacre pode ser alerta sobre o perigo de jogos violentos

Filmes e games violentos misturados com casos de bullying podem ter resultados trágicos

Ana Luiza Menezes - 14/03/2019 21h58 | atualizado em 15/03/2019 11h24

Guilherme Taucci publicou fotos antes do atentado Foto: Reprodução

Diante do massacre que aconteceu na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, São Paulo, causando a morte de dez pessoas, pastores, pais e especialistas em comportamento de adolescentes voltaram a debater sobre o perigo dos jogos que incitam a violência.

A semelhança de um dos autores do ataque com um personagem do jogo Free Fire fez com que muitos analisassem o poder de influência dos games sobre os menores de idade. Para psicólogos, também deve ser considerado o ambiente em que jovens como os assassinos Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, de 25 anos, vivem.

O próprio vice-presidente Hamilton Mourão, apontou videogames como um dos fatores.

– Temos que entender o porquê de isso estar acontecendo. Essas coisas não aconteciam no Brasil. Na minha opinião (…) vemos essa garotada viciada em videogames (…) videogames violentos. Tenho netos e os vejo muitas vezes mergulhados nisso aí. Quando eu era criança, jogava bola, soltava pipa. A gente não vê mais essas coisas – avaliou.

O distanciamento entre pais e filhos também contribui bastante. Encontrar abrigo e amigos em um ambiente virtual tem sido visto como perigoso por especialistas.

Personagem de jogo teria influenciado jovem Foto: Reprodução

O pastor Ubirajara Crespo também destacou o lado espiritual, que muitas vezes é ignorado.

– O massacre de Suzano pergunta novamente se a violência das telas pode se tornar uma realidade nas nossas escolas. A convivência intensa e constante com ilusões virtuais, pode se tornar a ponte por onde ela chega ao mundo real. Os super heróis fazem crianças ainda em formação misturar heroísmo com violência e morte. (…) Do ponto de vista bíblico o diabo odeia a humanidade e quer acabar com todas as nossas semelhanças com Deus – observou.

Já Marisa Lobo, psicóloga especializada em Direitos Humanos e colunista do Pleno.News, afirmou que esse tipo de atitude pode ser resultado de algo de errado na estrutura psicológica do indivíduo, como um tipo de fanatismo. Para ela, jogos e filmes violentos em excesso podem ter um efeito devastador quando alinhados a fatores como bullying e outros tipos de abusos.

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