Rafael Ramos - 18/02/2020 13h39 | atualizado em 19/02/2020 10h01

Depois de conversar com o Pleno.News e com o youtuber Bruno De Simone, o pastor Felipe Heiderich deu entrevista à atriz Antonia Fontenelle, em seu programa Na Lata. Ao iniciar o vídeo, ela disse que relutou durante três anos e meio para realizar a entrevista visto a seriedade do assunto e por não querer ser leviana sobre o caso.

– Eu custo a acreditar que possa ser real tudo isso aqui que eu li de tão absurdo que é e, infelizmente, todos vocês que acompanham o pastor sabem que de fato ele passou por todo esse horror – disse Fontenelle.

Felipe é ex-marido de Bianca Toledo, que foi entrevistada por Fontenelle no programa Raul Gil, e foi acusado de estuprar o enteado na época com 5 anos. Absolvido pelo Ministério Público, o pastor e teólogo explicou como ocorreu o fim do casamento de conto de fadas e o episódio em que ele foi internado em um hospício.

– Eu levei mais de um ano para acreditar que ela era capaz disso. Eu era completamente apaixonado por ela. Pela forma como ela falou, seria impossível a criança andar. Os avós e as babás tinham acesso às câmeras e ninguém notou uma assadura? – questionou Heiderich.

Felipe Heiderich recordou os horrores que passou enquanto esteve internado e revelou que a psicóloga que fez o laudo da criança era amiga íntima de Bianca, que disse que não ia se separar de novo porque não ia pegar bem para sua imagem.

– Duas testemunhas disseram que ouviram dela assim: “Se eu não matá-lo no hospício, ele morre na cadeia, mas eu não vou dividir os bens” – revelou o pastor, que recebeu mais de 20 mil ameaças de morte e mais de 200 mil xingamentos pela internet.

Atualmente, Felipe luta para ter uma ordem de restrição contra a ex-mulher para ele, sua família e as testemunhas de defesa do caso. Bianca Toledo chegou a invadir a sala das testemunhas em uma das audiências.

Durante a entrevista, Antonia Fontenelle acusou a imprensa de ser irresponsável na cobertura do caso. Ela apresentou sites que usaram fotos de Felipe para ilustrar notícias sobre pedofilia, mesmo aqueles que não tinham relação com ele.

– Hoje estou reaprendendo a viver porque foram tirados quatro anos de mim, fui preso domiciliarmente, julgado e condenado pela sociedade. Eu não podia sair e sofri atrofia muscular, perdi 25 kg e estou reaprendendo o básico, como caminhar e correr. Tenho um problema absurdo de confiança e para a maioria eu ainda sou um monstro. Na vida real, todos são culpados até que se prove o contrário. Então, aprenda a amar mais e julgar menos. Você vai fazer diferença na vida de alguém.

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