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Estar casado pode ser bom para o coração, diz estudo

Pesquisa aponta que a vida em comum pode evitar doenças cardíacas e derrames

Jade Nunes - 19/06/2018 08h39 | atualizado em 19/06/2018 09h03

A pesquisa não inclui informações sobre a qualidade do casamento Foto: Pixabay

O casamento pode proteger uma pessoa do desenvolvimento de doenças cardíacas, derrames e outros riscos com a possibilidade de morte, enquanto para os solteiros e viúvos o risco é maior, revelou um estudo publicado nesta segunda-feira (18) na revista Heart, publicação britânica voltada para cardiologistas.

Uma análise combinada de dados disponíveis sugere que estar casado pode influenciar positivamente em quem tem mais chances de morrer desse tipo de doença. Segundo o estudo, 80% das doenças cardiovasculares podem ser atribuídas a fatores de risco bem conhecidos, como idade, pressão, colesterol, diabetes e tabagismo, mas não está claro o que influi nos 20% restantes.

Em pesquisas anteriores, o impacto do estado civil não ficava claro. Foi por conta disso, o professor de cardiologia Mamas A. Mamas, da Universidade de Keele, na Inglaterra, e sua equipe procuraram em bases de dados disponíveis respostas para este ponto.

Os métodos usados para analisar informações e variáveis aplicadas para os fatores potencialmente importantes variavam “consideravelmente” conforme cada estudo, por isso a equipe advertiu que essas circunstâncias “podem ter afetado” os resultados da análise.

O grupo se debruçou em 34 estudos de 225 publicados entre 1963 e 2015 nos quais, em conjunto, mais de 2 milhões de pessoas, com idades entre 42 e 77 anos, da Europa, América do Norte, do Oriente Médio e da Ásia tinham participado.

Uma análise combinada dos dados pode mostrar que solteiros, divorciados ou viúvos tinham um risco maior (42%) de desenvolver uma doença cardiovascular ou das artérias coronárias (16%) se comparados aos casados. Da mesma forma, não estar casado se associava a “um risco maior” de morte tanto de uma doença coronária (45%) quanto de um derrame (55%), segundo o texto.

Uma verificação mais aprofundada das informações apontou que o divórcio estava relacionado com 35% mais chances de desenvolver doenças cardíacas, enquanto no caso dos viúvos o risco de sofrer um acidente vascular cerebral era 16% maior. A observação vale tanto homens quanto para mulheres.

Os estudos empregados para esta pesquisa não incluíam informações sobre a qualidade do casamento ou as possíveis diferenças entre viver junto ou estar casado de papel passado.

A análise do professor britânico lembra que há várias teorias sobre as razões pelas quais o casamento pode ter efeito protetor da saúde, entre elas o reconhecimento mais precoce dos problemas médicos – e a resposta a eles -, melhor aderência aos tratamentos, maior segurança financeira, maior bem-estar e melhores redes de amizade.

*Com informações da Agência EFE

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