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Especialistas fazem alerta sobre Round 6, sucesso na Netflix

A classificação etária não está sendo obedecida, o que pode trazer problemas à saúde mental de crianças e adolescentes

Pleno.News - 21/10/2021 14h10

Na última semana, a Netflix confirmou que a produção coreana Round 6 se tornou a mais visualizada da história da plataforma, com 111 milhões de acessos. No ar desde o dia 17 de setembro, o conteúdo da série tem chamado a atenção de pais e de educadores de crianças e adolescentes, ainda que a classificação etária seja indicada para maiores de 16 anos.

Diante da repercussão da série, muito tem se comentado sobre a violência gratuita apresentada em seus episódios. Isso se agrava quando se percebe que a classificação etária não está sendo seguida, “e isso pode afetar a percepção e o comportamento dos mais jovens”, alerta o PhD, neurocientista, psicanalista e biólogo Fabiano de Abreu.

– Ao assistir a estas produções repletas de conteúdo de cunho violento, as crianças e os adolescentes acabam normalizando [o comportamento] e tomando isso como algo comum – destaca.

Sobre os efeitos desses programas na saúde mental, ele acrescenta:

– Nunca podemos generalizar. O ser humano é derivado de genótipo e fenótipo. Este primeiro [age] como precursor; o segundo, como resultado da experiência [dele] com o ambiente externo – [fatores] como educação, criação, influências, traumas, inteligência, entre qualquer outro fator que interfira na personalidade [e] que revele comportamentos que possam se desdobrar em consequências em outras etapas da vida. [Desse modo] Uma criança pode ver algo ruim e não repetir, com a consciência de que aquilo não é bom ou não faz bem, como pode querer repetir [a ação], desafiando ou querendo chamar a atenção, porque pessoas diferentes respondem de forma diferente ao mesmo estímulo. Por isso, cada um deve ser observado individualmente, inclusive em sua influência sobre as demais.

Fabiano de Abreu Foto: Divulgação

Além disso, a neuropsicóloga Leninha Wagner explica que somos uma espécie em constante transformação e podemos sempre melhorar, mesmo que não tenhamos a condição de modificar.

– Cada um de nós carrega sua idiossincrasia, e não se pode trocar a essência pela aparência, pois a inautenticidade é a maior geradora de frustração e depressão. Mas, a partir do reconhecimento e [da] identificação de nosso perfil afetivo, podemos promover formas mais saudáveis de sentir. A interface da Educação com a Saúde Mental é uma necessidade que se faz urgente, para que as próximas gerações possam ser contempladas com as maiores ferramentas de transformação da realidade: autoconhecimento e poder de escolha. Precisamos nos conhecer para aprender a escolher o melhor para cada um, em favor de todos – completa.

Para quem não assistiu [a Round 6], o enredo da série utiliza-se de brincadeiras simples de criança, como Batatinha frita 1,2,3, Cabo de guerra, Bolas de gude e outras, para assassinar a sangue frio as pessoas que não atingem o objetivo final.


Leninha Wagner

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