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Especialistas: “Nenhuma criança se define transgênero”

Dois estudiosos sobre o assunto alertaram que "a mídia estimula o mercado trans"

Camille Dornelles - 20/08/2018 10h19 | atualizado em 20/08/2018 12h08

Mídia pode influenciar transexualidade em crianças Foto: Pixabay

Neste domingo (19), os psicanalistas Marco Antonio Coutinho Jorge e Natália Pereira Travassos concederam uma entrevista ao portal O Antagonista e criticaram o modo como a grande mídia aborda a transexualidade.

– Ao jogar um foco excessivo sobre a transexualidade, a mídia estimula a avidez de um mercado médico e farmacêutico que é altamente promissor, pois fideliza os “pacientes” para o resto de suas vidas – alertaram os especialistas.

Para eles, que são autores de um livro exatamente sobre o tema, essa atenção excessiva prejudica a identificação na infância. O maior alerta, porém, foi feito aos pais.

– Nenhuma criança se define como transgênero, ela recebe essa nomenclatura de um adulto que, na maioria das vezes, são os próprios pais. Fato é que as crianças estão amplamente imersas em suas fantasias e podem ter identificações lábeis (instáveis) e é preciso respeitar os movimentos identificatórios delas para poder obter uma saída saudável – defenderam os escritores.

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