Leia também:
X Aumentam os casos de pólio e sarampo no mundo, diz OMS

Entenda o que é bioplastia e quais são os riscos

Procedimento foi utilizado em bancária que morreu no Rio de Janeiro

Ana Luiza Menezes - 17/07/2018 21h26 | atualizado em 18/07/2018 08h56

Para ter um corpo dentro dos padrões de beleza de revistas, TV e redes sociais, com resultado imediato e sem cirurgia, muitos têm feito uso da bioplastia. O procedimento não exige sedação ou cortes, pois consiste em injetar a substância polimetilmetacrilato (PMMA) ou metacril para modelar a silhueta ou alterar partes do rosto.

O PMMA é aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O uso não é indicado somente para fins estéticos, mas para tratamento de pacientes com Aids que podem desenvolver deformações no corpo e no rosto. Técnicos do órgão afirmam que o produto não é recomendado para preencher grandes volumes do corpo, como coxas e nádegas.

Entretanto, é grande o número de ofertas e procuras na internet, principalmente nas redes sociais que mostram resultados impressionantes do método.

No último sábado (14), a bancária, Lilian Calixto, de 46 anos morreu após fazer o procedimento. Ela saiu de Cuiabá, no Mato Grosso, para ser atendida pelo médico Denis Cesar Barros Furtado, no Rio de Janeiro. O atendimento foi todo realizado no apartamento dele. Metacril teria sido utilizado na paciente que veio a óbito após uma embolia pulmonar.

Outro caso famoso foi o da modelo Andressa Urach, que teve que ser internada e quase morreu após uma bioplastia, em 2014.

Especialistas afirmam que a aplicação deve ser feita em ambiente apropriado (clínica ou hospital) por profissionais reconhecidos, como cirurgiões plásticos ou dermatologistas. Porém, profissionais da área reconhecem que o problema de substâncias como a PMMA é que ela fica difusa no organismo. Ao se misturar com gorduras e tecidos, fica difícil de ser removida em caso de complicação. Fora isso, se não for aplicada no local certo, na quantidade certa e do modo certo, pode levar a uma série de consequências como formação de nódulos, infecção, alergia, necrose ou embolia pulmonar.

– Se a substância for injetada dentro de uma veia, pode obstruir o fluxo de sangue. Interromper esse fluxo em veias importantes para o pulmão, por exemplo, pode causar embolia pulmonar e levar à morte – explicou o cirurgião plástico Adriano Batistuta.

Como alternativa, o indicado seria optar pela cirurgia para implante de silicone ou enxertos de gordura. Para áreas menores, como no rosto, há outras substâncias como o ácido hialurônico, compatível e reabsorvível pelo organismo.

Leia também1 Aumentam os casos de pólio e sarampo no mundo, diz OMS
2 Câncer é atribuído a talco e Johnson & Johnson é acusada

Siga-nos nas nossas redes!
Telegram Entre e receba as notícias do dia Entrar no Grupo
O autor da mensagem, e não o Pleno.News, é o responsável pelo comentário.