Ebola: Autoridades reduzem para 202 o número de mortes
Anteriormente, documento apontava para 215 vítimas da doença contagiosa
Jade Nunes - 16/11/2018 08h59

O Ministério de Saúde da República Democrática do Congo (RDC) rebaixou para 202 o número de mortes prováveis por ebola no nordeste do país, segundo os últimos dados divulgados nesta sexta-feira (16) por este organismo.
Em um relatório emitido com números vigentes até 14 de novembro, as autoridades rebaixam em 13 o total de mortes por esta doença infecciosa frente ao seu comunicado anterior, no qual cifravam as mesmas em 215.
Das 202 mortes, 162 testaram positivo em provas de laboratório.
O Ministério de Saúde da RDC situa o número de casos em 344, dos quais 304 estão confirmados e 40 são prováveis, um número que supera o de seu relatório anterior.
Esta atualização nos números se deve a uma “limpeza na base de dados atuais”, por meio da qual foram eliminadas 16 mortes que estavam duplicadas e dois casos confirmados, explicaram as autoridades.
O surto, que foi declarado no dia 1º de agosto nas províncias do Kivu do Norte e Ituri, se transformou no maior da história do país em relação ao número de contágios, em parte pela rejeição de algumas comunidades a receber tratamento e pela insegurança na região, onde operam grupos armados.
Trata-se do segundo surto declarado em 2018 na RDC – só oito dias depois que o ministro congolês de Saúde, Oly Ilunga, proclamou o fim da epidemia anterior, no oeste do país – e o pior da última década na República Democrática do Congo.
Desde 8 de agosto, quando começaram as vacinações, mais de 30 mil pessoas foram inoculadas, em sua maioria, nas cidades de Mabalako, Beni, Mandima, Katwa e Butembo, de acordo com os últimos números do Ministério de Saúde.
O vírus do ebola é transmitido através do contato direto com o sangue e os fluídos corporais, provoca febre hemorrágica e pode chegar a alcançar uma taxa de mortalidade de 90% se não for tratado a tempo.
O surto mais devastador em nível global foi declarado em março de 2014, com casos que remontam a dezembro de 2013 na Guiné Conacri, país do qual se expandiu à Serra Leoa e à Libéria.
Quase dois anos depois, em janeiro de 2016, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o fim desta epidemia, na qual morreram 11.300 pessoas e mais de 28.500 foram contagiadas, números que, segundo esta agência da ONU, poderiam ser conservadores.
*Com informações da Agência EFE
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