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Dia Internacional de Combate à Violência Contra a Mulher

Campanha dá ênfase à violência verbal, que pode evoluir para a física

Monique Mello - 25/11/2020 17h07 | atualizado em 25/11/2020 17h10

No Dia Internacional de Combate à Violência contra a mulher, campanha dá ênfase à violência verbal
No Dia Internacional de Combate à Violência contra a mulher, campanha dá ênfase à violência verbal Foto: Pixabay

O Dia Internacional de Combate à Violência contra a mulher é marcado pelo dia 25 de novembro.

No Brasil, anualmente são registrados cerca de 50 mil ocorrências de violência verbal e psicológica. Cerca de 48% das mulheres apontam seus namorados, cônjuges ou ex-parceiros como autores, de acordo com dados do Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação), do Ministério da Saúde. Palavras também são usadas para agredir e, no Brasil, a Lei Maria da Penha prevê esse tipo de violência e garante cuidados e acolhimento às mulheres.

Linguagem pode ser utilizada para manipular, humilhar, ameaçar e ofender

O Instituto Maria da Penha, juntamente com o movimento Me Too Brasil e a rede de ensino de idiomas Babbel, estão realizando uma campanha em que convidam todo o mundo a compartilharem suas experiências com as hashtags #wordsthathurt e #palavrasmachucam. O objetivo é incentivar a denúncia de violência psicológica/verbal e conscientizar sobre o quanto a linguagem pode ser utilizada para manipular, humilhar, ameaçar e ofender, uma vez que grande parte das mulheres não percebem que vivenciam esse tipo de abuso em seu cotidiano.

Isabela Del Monde, advogada e coordenadora do MeToo Brasil, destaca a seriedade da violência verbal, principalmente porque ela pode evoluir.

– Infelizmente, dados e pesquisas empíricas mostram que a violência doméstica, em regra, começa com a violência moral e psicológica e depois pode haver uma escala para violência física que pode levar ao feminicídio. As palavras têm poder e por isso uma campanha como essa é muito importante.

PROJETO DE LEI
No último dia 24 de novembro, foi apresentado um projeto de lei para proibir que os condenados pelos crimes de violência doméstica e familiar contra a mulher sejam nomeados para cargo ou emprego público em qualquer órgão da administração direta e indireta e nas empresas estatais.

O autor do projeto é o deputado federal Célio Studart (PV-CE) que também visa alterar a Lei Maria da Penha e o Código Penal para estabelecer punições mais efetivas para casos de violência doméstica e familiar contra a mulher.

 

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