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Conheça a brasileira de apenas 9 anos e com 139 de QI

A menina foi aceita por prestigiada entidade internacional que reúne pessoas superdotadas

Monique Mello - 02/12/2020 17h54 | atualizado em 02/12/2020 18h03

Laura Büchele foi admitida pela Mensa, nos Estados Unidos
Laura Büchele foi admitida pela Mensa, nos Estados Unidos

Com apenas 9 anos, Laura Büchele entrou para a Mensa, entidade internacional que reúne pessoas com elevado QI, medida que afere o grau de inteligência dos indivíduos. É a mais antiga e respeitada entidade desse segmento no mundo, com sede na Inglaterra e presente em cerca de 100 países.

Para fazer parte do grupo, é necessário apresentar um Quociente de Inteligência (QI) acima de 130 e percentual superior a 99%. O de Laura é equivalente a 99,5%. Aos 7 anos, após fazer um primeiro teste de QI, o resultado chamou a atenção: a menina apresentou uma pontuação de 139.

A família de Laura, antes moradora de Itajaí (SC), mudou-se para a Flórida (EUA) há três anos. A mãe, Bruna Büchele, revela que a intenção era mesmo dar melhores condições de vida e educação para as filhas. Antes de embarcar para um novo país, a menina começou a estudar inglês no jardim de infância.

A família de Laura mudou-se para os Estados unidos há três anos
A família de Laura mudou-se para os Estados unidos há três anos Foto: Reprodução/MF Press

Laura foi identificada pela psicóloga da escola, já que nos Estados Unidos há cuidados nas escolas, mesmo nas públicas, em relação a estas crianças. Alguns fatos que despertaram a atenção dos professores foram o desempenho diferenciado em sala de aula.

– Em conversas com a professora, me contaram que acontecia muito de darem uma atividade e ela ser a primeira a acabar, ficava ociosa, então, a professora dava outra tarefa e a Laura concluía. A professora, então, dava algum livro para ela ler em um canto, situações como estas fizeram com que a escola percebesse que ela precisava de mais estímulos – lembra a mãe.

Bruna procurou aprender ao máximo sobre a condição da filha, que precisa de mais estímulos do que as demais crianças.

– Ao descobrir que minha filha é superdotada, procurei pessoas com alto QI para conversar e entender o que posso fazer como mãe – conta.

Ela procurou o neurocientista luso-brasileiro Fabiano de Abreu, também integrante da Mensa e que hoje mora em Portugal. Para Fabiano, Laura teve uma sorte que ele mesmo não teve, pois descobriu sua capacidade já na fase adulta e sabe a importância de ter uma educação diferenciada.

– Essa identificação precoce define o futuro da pessoa. Quando a criança e a família têm a consciência das habilidades podem usar isso a seu favor no desenvolvimento e se tornar um adulto diferenciado, mas falta este olhar em nossa sociedade, que determina a capacidade das pessoas e o aproveitamento delas de maneira que se sintam felizes e confortáveis. A escola era entediante para mim, ver que a Laura poderá ser desafiada desde cedo em uma escola especial é muito positivo – avalia.

A pequena prodígio é descrita pela mãe como inquieta também fisicamente. Apesar da sua leitura, compreensão e demais habilidades irem além da sua idade, Laura é apenas uma criança como qualquer outra. A percepção diferenciada do mundo faz com que seja perfeccionista, o que gera estresse e ansiedade. Ela brinca muito, lê livros, usa a internet para aprender, joga pouco e faz muitas perguntas sobre tudo. Mesmo podendo pular etapas, os pais preferem que ela siga o calendário escolar, que já é voltado para crianças com elevado QI.

– Quando há alguma questão que ela não sabe responder eu sempre digo que a professora, com certeza, verá seu empenho em resolvê-la, que o importante é fazer, jamais deixar em branco […] Não queremos que ela pule etapas, vamos deixar ela se desenvolver no seu tempo – conta Bruna.

Laura gosta de brincar e se divertir como qualquer criança
Laura gosta de brincar e se divertir como qualquer criança

Nos Estados Unidos, além de receber educação especial, a menina já tem seu currículo montado pela escola, que será completado detalhadamente ao longo do período escolar. Posteriormente, poderá ganhar bolsas de estudos em renomadas universidades, como parte dos inúmeros programas que o país oferece a quem tem estas condições.

Os pais tentam dosar infância, limites e incentivos. Ter filhos com estas características exige uma dose maior de paciência, pois os pais precisam dar limites sem oprimir as habilidades dos filhos, algo desafiador.

– Ela tem uma personalidade muito forte, é teimosa e muito rígida em relação aos seus gostos. Mesmo na hora de brincar ela dita regras intermináveis, eu vivo negociando com ela, tento sempre equilibrar, pois ela precisa entender que há regras e uma rotina. Ao mesmo tempo, tento mostrar que ela pode se desenvolver, pode alcançar o que quiser – revelou Bruna ao Pleno.News.

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