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Como brasileiros se adaptam a cumprimentos sem contato?

Batida de cotovelo, toque com os pés e acenos se tornam saudações alternativas

Camille Dornelles - 24/04/2020 15h19 | atualizado em 24/04/2020 15h20

Batida de cotovelo se torna forma alternativa de cumprimento Foto: Wikimedia

As formas de cumprimentos e saudações mudaram devido às medidas de distanciamento social no país. Brasileiros se adaptam, então, a novas formas de relacionamento sem abraços, beijos ou apertos de mão.

A batida de cotovelo chegou a ser recomendada como forma alternativa de cumprimento. O governador do estado de Nebraska, nos Estados Unidos, foi um dos primeiros políticos mundiais a adotar a medida de forma oficial, em meados de março.

Vale ressaltar que o cumprimento não é novo e já foi estabelecido de forma oficial pela Organização Mundial da Saúde (OMS) durante outras três epidemias infectocontagiosas: da gripe aviária em 2006, da gripe em 2012 nos Estados Unidos e do vírus Ebola em 2014 na África. A pandemia do vírus H1N1, em 2009, também disseminou a batida de cotovelo.

Barack Obama, então presidente dos EUA, cumprimenta americanas em 2012 com batida de cotovelo Foto: The White House

CUMPRIMENTO DOS BRASILEIROS
No Brasil, as formas de cumprimento sem contato desafiam os cidadãos, que têm a proximidade em sua cultura. O secretário de saúde no estado do Rio de Janeiro, Edmar Santos, comentou sobre a cultura da região.

– O carioca beija e abraça muito. A orientação de etiqueta agora é não encostar mais para cumprimentar alguém – disse Edmar Santos.

Ao Pleno.News, a carioca Renata Maria declarou que é difícil não abraçar e nem beijar na hora de cumprimentar alguém.

– Sou muito de abraçar e dar beijinhos, gosto do calor humano, mas nesse momento todo mundo entende que é para ficar afastado. Aí tem outras formas para a gente cultivar esse “aconchego” de cumprimentar: “namastê”, bater cotovelo, um aceno… Tenho um amigo que já cumprimentava só levantando a sobrancelha, agora ele está em casa – declarou, rindo.

A enfermeira Sabrina Rosa afirma que a maior dificuldade que vê é com sua filha de 4 anos de idade.

– Ela gosta de sair correndo e adora abraçar, dar beijo. Com a gente em casa não tem problema, mas é difícil fazer a criança entender que não pode mais fazer isso com todo mundo. Mas a gente ta em casa o tempo todo, fica mais fácil conter – declara.

Cumprimentos mudam com isolamento social Foto: Reprodução

– Já tentei fazer também aquela batida de pé para cumprimentar, mas não deu muito certo, não tenho equilíbrio – contou Renata.

Mesmo não se tornando natural para a maioria dos brasileiros, os cumprimentos alternativos têm entrado na rotina de quem adere às medidas de isolamento social na quarentena e criado mais sensação de segurança e, às vezes, algumas risadas.

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