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Cega pula de paraquedas em aniversário

Palestrante motivacional e cega desde criança comemora aniversário de 41 anos, realizando sonho de saltar de paraquedas

Virgínia Martin - 14/10/2019 15h37

Formada em Direito. Emmanuelle vibra com a experiência, mesmo sem poder enxergar Foto: Arquivo Pessoal

 

Emmanuelle Alkmin acabou de completar 41 anos. E o presente de aniversário foi um voo de paraquedas, exatamente no dia 12 de outubro, Dia das Crianças. O detalhe é que a aniversariante é cega desde os seis meses de idade, quando um tipo de câncer, conhecido como retinoblastoma, atingiu seus dois olhos. Com o apoio da mãe e com uma personalidade determinada, aos 10 anos de idade, a jovem cega já limpava e arrumava a casa e ainda cozinhava.

O tempo passou, e Emmanuelle formou-se em Direito, tendo atuado como diretora e analista jurídica em várias esferas do governo e mercado regulatório no setor de infraestrutura, chegando a trabalhar como Secretaria Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida da cidade de Campinas (SP), onde mora. A advogada lembra do preconceito que sofreu no exercício de sua profissão. Como ela mesmo conta, era difícil encontrar quem entregasse uma causa a um advogado cego.

Hoje, Emmanuelle é palestrante motivacional. Paralelamente à sua carreira profissional, ministra palestras de desenvolvimento humano, gestão da diversidade, liderança, transformação e superação de limites.

– Minha missão é dialogar sobre o desenvolvimento do potencial humano, mesmo em desafios de limitação pessoal, ampliando a concepção do limite imposto, gerando reflexões e transformação de mentalidade.

Nesta perspectiva de superar limites, Emmanuelle declara que pular de paraquedas foi a realização de um sonho. O vento no rosto e a sensação de liberdade, segundo ela, lembram do cuidado de Deus em sua vida.

– Pessoas muito queridas foram usadas como instrumentos de Deus para mostrar seu amor por mim, soprando em minhas narinas o fôlego de vida. Sim, eu precisava de vida e com presentes especiais como esse, fui redescobrindo o respirar fundo, o sorriso largo, o grito de alegria. Percebo que, acima de toda tempestade, de todas as nuvens, o sol nunca deixou de brilhar.

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