O que diz a Igreja de Leonardo Gonçalves sobre 2º casamento
O cantor casou com a apresentadora Glauce Cunha, que é da mesma religião
Camille Dornelles - 28/11/2018 10h54 | atualizado em 28/11/2018 11h12
O casamento entre o cantor Leonardo Gonçalves e a apresentadora Glauce Cunha levantou muitos questionamentos de fãs sobre a permissão religiosa de uma segunda união. Ele foi casado com a cantora Daniela Araújo até 2015. Nesta terça-feira (27), ele usou seu Instagram para falar sobre o assunto.
– Acho importante mencionar que esta união recebe o apoio não apenas da minha família e do meu pastor, mas está também em pleno acordo com a praxe da minha denominação que é baseada na interpretação bíblica dos textos em questão – declarou.
Leonardo e Glauce são membros da Igreja Adventista do Sétimo Dia. A denominação possui um manual que esclarece o posicionamento da Igreja sobre diversos assuntos, entre eles, o casamento. Nas páginas 160 a 164, o documento aborda a união de um adventista que já foi casado e que não seja viúvo.
– Para os adventistas que já foram casados, apenas se a separação e o correspondente divórcio legal ocorreu em virtude de adultério do cônjuge, ou se é de conhecimento público que o ex-cônjuge já convive com outra pessoa (Mat. 19:6 e 9; I Cor. 7:39) – afirma o manual.
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OUTROS PARECERES SOBRE CASAMENTO
Leia abaixo a íntegra do texto do Manual da Igreja Adventista sobre casamento.
Em harmonia com esses princípios, as seguintes declarações estabelecem a posição da Igreja:
1. Quando Jesus disse: “Não o separe o homem”, Ele estabeleceu uma regra de conduta para a Igreja sob a dispensação da graça, a qual deve transcender todas as legislações civis que vão além de sua interpretação da divina lei que governa as relações de casamento. Aqui Ele dá uma norma à qual seus seguidores devem aderir mesmo quando as leis civis ou os costumes prevalecentes permitam maior liberdade. “No Sermão do Monte, Jesus declarou plenamente que não podia haver dissolução do laço matrimonial, a não ser por infidelidade do voto conjugal” (O Maior Discurso de Cristo, p. 63; ver Mt 5:32; 19:9).
2. A infidelidade ao voto matrimonial geralmente tem sido considerada alusão ao adultério ou fornicação. No entanto, a palavra do Novo Testamento usada para fornicação inclui algumas outras irregularidades sexuais (1Co 6:9; 1Tm 1:9, 10; Rm 1:24-27). Portanto, perversões sexuais, incluindo incesto, abuso sexual de criança e práticas homossexuais, são também reconhecidas como um abuso das faculdades sexuais e uma violação do plano divino no casamento. Como tais, essas práticas são uma causa justa para separação e divórcio. Se bem que as Escrituras permitam o divórcio pelas razões mencionadas acima, bem como por abandono por parte do cônjuge incrédulo (1Co 7:10-15), a igreja e as pessoas envolvidas devem fazer esforços diligentes para a reconciliação, apelando aos cônjuges que manifestem um ao outro um espírito de perdão e restauração. A igreja é instada a tratar amorável e redentivamente o casal a fim de auxiliar no processo de reconciliação.
3. Na eventualidade de não se conseguir a reconciliação, o cônjuge que permaneceu fiel ao consorte que violou o voto matrimonial tem o direito bíblico de obter o divórcio e também de se casar novamente.
4. O cônjuge que violou o voto matrimonial (ver itens 1 e 2) estará sujeito à disciplina pela igreja local (ver p. 64-70). Se se arrependeu genuinamente, poderá ser posto sob censura por um tempo determinado em vez de ser removido do rol de membros da igreja. Se não deu evidências de completo e sincero arrependimento, deve ser removido do rol de membros. Em caso de violações que tenham trazido vergonha pública sobre a causa de Deus, a igreja, a fim de manter suas elevadas normas e seu bom nome, pode remover o indivíduo da lista de membros. Qualquer dessas formas de disciplina deve ser aplicada pela igreja de uma maneira que procure alcançar os dois objetivos da disciplina: corrigir e redimir. No evangelho de Cristo, o lado redentivo da disciplina sempre está vinculado a uma transformação autêntica do pecador em uma nova criatura em Jesus Cristo.
5. Um cônjuge que tenha violado o voto matrimonial e se tenha divorciado não tem o direito moral de casar-se com outra pessoa enquanto o cônjuge que permaneceu fiel ao voto ainda vive e permanece sem casar-se e casto. Se ele se casar, deverá ser removido do rol de membros. A pessoa com quem se casar, se for membro da igreja, também deverá ser removida do rol de membros.
6. Reconhece-se que algumas vezes as relações matrimoniais se deterioram a tal ponto que é melhor para marido e mulher que se separem. “Ora, aos casados, ordeno, não eu, mas o Senhor, que a mulher não se separe do marido (se, porém, ela vier a separar-se, que não se case ou que se reconcilie com seu marido); e que o marido não se aparte de sua mulher” (1Co 7:10, 11). Em muitos desses casos, a guarda dos filhos, o ajuste dos direitos de propriedade ou mesmo a proteção pessoal, podem tornar necessária uma mudança no status matrimonial. Em tais casos, em alguns países, pode ser permissível obter o que é conhecido como separação legal. Contudo, em algumas jurisdições essa separação só pode ser obtida por meio do divórcio. Uma separação ou divórcio que resulta de fatores como violência física ou em que não está envolvida a “infidelidade ao voto matrimonial” não dá a nenhum dos cônjuges o direito bíblico de se casar novamente, a menos
que no ínterim a outra parte se tenha casado novamente, haja cometido adultério ou fornicação ou tenha morrido. Se um membro da igreja que se tenha assim divorciado se casar novamente sem essas bases bíblicas, deve ser removido do rol de membros; e a pessoa com quem se casar, se for membro da igreja, também deverá ser removida (ver p. 64-70).
7. O cônjuge que tenha quebrado o voto matrimonial e se tenha divorciado e sido removido do rol de membros e tenha se casado novamente, ou quem se tenha divorciado por outros motivos que não as bases apresentadas nos itens 1 e 2 e se tenha casado novamente e sido removido do rol de membros, deve ser considerado inelegível à qualidade de membro, exceto nos casos previstos a seguir:
8. O vínculo do casamento é não apenas sagrado, mas também possivelmente mais complexo quando, por exemplo, envolve filhos. Assim, em um pedido para readmissão à qualidade de membro, as opções disponíveis à pessoa arrependida podem ser severamente limitadas. Antes que a decisão final seja tomada pela igreja, o pedido de readmissão deve ser submetido pela igreja, por meio do pastor ou líder distrital, à Comissão Diretiva da Associação para conselho e recomendação quanto aos passos que a pessoa ou as pessoas arrependidas podem dar para obter tal readmissão.
9. A readmissão ao rol de membros da igreja daqueles que tenham sido removidos pelas razões dadas nos parágrafos anteriores, se dá normalmente com base no rebatismo (ver p. 51, 69, 70).
10. Quando uma pessoa que tenha sido removida do rol de membros for readmitida, conforme estabelece o parágrafo 8, todo cuidado deve ser exercido para salvaguardar a unidade e harmonia da igreja, não se concedendo à pessoa responsabilidade como líder, especialmente em um ofício que requeira o rito da ordenação, a não ser com cuidadosa consideração junto à administração da Associação.
11. Nenhum pastor tem o direito de oficiar em uma cerimônia de novas núpcias de uma pessoa que, sob a estipulação dos parágrafos precedentes, não tenha o direito bíblico para o novo casamento.
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