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Mãe relata luta com a filha deficiente após erro médico

Maria Eduarda nasceu antes da hora e sofreu uma paralisia

Rafael Ramos - 08/05/2019 09h00 | atualizado em 09/05/2019 17h48

“A coisa mais magnífica que já pude sentir em toda minha vida”. É assim que Terezinha Monteiro, de 40 anos, define como foi sua emoção ao descobrir estar grávida de sua primeira filha. Casada com Reinaldo Gomes e mãe de Maria Eduarda, hoje com 8 anos, Terezinha diz que sua gestação foi um milagre, já que ela tinha ovários policísticos.

Terezinha e a filha Maria Eduarda Foto: Arquivo Pessoal

Após o nascimento da filha, a mamãe percebeu que havia algo errado e buscou ajuda para entender o que se passava com a menina.

– Aos poucos, comecei a descobrir que minha filha não fazia coisas normais, como sentar. Eu a levei à pediatra, que me encaminhou ao neurologista. Descobri que, por um erro médico, me induziram a um parto normal com cinco meses de gestação, com um bebê de 8,70 gramas. Eduarda não teve forças para nascer e ficou em sofrimento fetal, o que causou a paralisia – relata Terezinha ao Pleno.News.

Maria Eduarda teve o parto forçado aos 5 meses de gestação Foto: Arquivo Pessoal

Após o diagnóstico, a rotina de Maria Eduarda se dividiu entre fisioterapia, musicoterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional. Aos poucos, ela foi se desenvolvendo, mas o medo do que viria pela frente era inevitável.

– Diversas vezes eu temi. Em 2011, ela teve uma parada cardíaca na madrugada. Ela teve outras, assim que cheguei ao hospital. Foi um desespero, me senti tão impotente. Pensei que ia perder minha filha, mas tinha fé que daria certo. No outro dia houve um milagre e ela não precisou mais ficar entubada. Até hoje peço forças a Deus para dar conta, porque não é fácil.

Além do medo, Terezinha precisa lidar muitas vezes com a dificuldade de locomoção. Moradora de Campo Grande, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, ela reclama que existem poucos centros de reabilitação na região. Assim como o difícil acesso para crianças deficientes em shopping.

– Nos shoppings, os carrinhos para crianças deficientes são só para as menores. Não tem para a idade da Maria Eduarda e isso é bem difícil. Mesmo que você queira pagar, não encontra um que se adapte à criança especial. E eu ainda tive que lidar com o preconceito na escola. Coloquei minha filha em uma das melhores, paguei mensalidade e comprei todos os materiais, mas minha filha não fazia nada e ficava largada, chorando. Hoje ela está em uma escola municipal onde é muito bem respeitada.

Graças às terapias, a menina consegue se desenvolver, aos poucos Foto: Arquivo Pessoal

“SONHE ALTO”
Minha filha é o motivo da minha vida e quero sempre vê-la melhor. Ela está sempre superando seus obstáculos, apesar de ter apenas 8 aninhos. Por isso, aviso às mães que não deixem o preconceito dos outros impedir que vocês sejam mães.

Façam coisas que crianças normais fazem. Não limite seus filhos por uma deficiência. Sonhe alto porque eles também sonham. Se você não sonhar com eles, eles serão frustados. Minha filha diz que vai ser policial federal e “médica de criança” e eu a encorajo.

Quem disse que é impossível? Eu creio em Deus e, se estiver nos planos Dele, ela será a mais linda e bela policial e pediatria do Rio de Janeiro. Você duvida? Eu não!

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