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‘Deus não quer me ver sofrer’, diz mulher que fará eutanásia

Colombiana conseguiu autorização mesmo sem estar em estado terminal

Gabriela Doria - 07/10/2021 18h40 | atualizado em 08/10/2021 11h54

Martha Liria Sepúlveda tem eutanásia agendada para este domingo Foto: Reprodução/Federico Sepúlveda

Primeira mulher na Colômbia a obter autorização para a eutanásia sem estar em estágio terminal, Martha Liria Sepúlveda, de 51 anos, mostra-se tranquila diante do fim da vida, programado para este domingo (10). A colombiana é portadora de esclerose lateral amiotrófica (ELA), já não consegue mais andar e sente dores crônicas.

Religiosa, Martha atribui sua tranquilidade à fé.

– Sou uma pessoa católica, me considero alguém que crê muito em Deus, mas, repito, Deus não quer me ver sofrer e acredito que não quer ver ninguém sofrer. Nenhum pai quer ver seus filhos sofrerem – declarou em entrevista à emissora colombiana Caracol.

Justamente por sua fé católica, a colombiana tem encontrado resistência dentro de sua religião para a morte assistida. Ela afirma que a decisão de ter uma morte programada é uma “permissão” de Deus.

– A resposta [que dou a eles] é a mesma: faço isso porque estou sofrendo e porque creio em um Deus que não quer me ver assim. Para mim, Deus está me permitindo isso; então se gosta de mim, não gosta de me ver nesta situação – argumentou, ao ser questionada sobre como lida com padres.

Também como forma de homenagear sua fé, Martha optou por morrer em uma manhã de domingo.

– Como sempre vamos à missa, [eu] quis que fosse em um domingo. Quero que o procedimento, a cremação, a entrega das cinzas e a eucaristia ocorram no mesmo dia. E que não sejam em uma sala de velórios, [pois] acho que isso aumenta o sofrimento das pessoas – destacou.

ÚLTIMOS DIAS DE VIDA
Como já era de se esperar, Martha tem aproveitado os últimos dias de vida fazendo o que gosta: na companhia da família, comendo o que gosta e bebendo cerveja.

Martha Liria Sepúlveda tem aproveitado os últimos dias de vida na companhia da família Foto: Reprodução/Federico Sepúlveda

– Estou mais tranquila desde que autorizaram o procedimento. Rio mais, durmo mais tranquila – afirmou à TV Caracol.

O filho da colombiana, Federico, de 22 anos, lamenta a morte precoce da mãe, mas diz aceitar a decisão dela, que, segundo ele, “é o maior ato de amor que já fez”.

– Em princípio, preciso da mamãe, quero ela comigo, quase em qualquer condição. Mas sei que, em suas palavras, ela já não vive mais, apenas sobrevive. Meu foco agora é em fazê-la feliz, fazer com que ela ria, se divertir um pouco. E que sua estada na terra, pelos dias que ainda [lhe] restam, seja um pouco mais amena – declarou.

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