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Ana Paula Henkel e Tifanny Abreu participaram de debate na Comissão do Esporte da Câmara dos Deputados

Ana Luiza Menezes - 26/06/2019 19h17 | atualizado em 26/06/2019 19h19

Ana Paula Henkel e Tifanny Abreu Fotos: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

Na terça-feira (26), aconteceu uma audiência pública na Comissão do Esporte da Câmara dos Deputados. Na ocasião, foi discutido se existe vantagem esportiva para homens e mulheres transgêneros.

O debate contou com duas representantes de ideias opostas sobre o assunto. Tifanny Abreu, atleta trans do Vôlei Bauru na Superliga feminina, e Ana Paula Henkel, ex-jogadora de vôlei, tiveram a chance de falar sobre o que defendem.

A sessão representou uma audiência complementar ao que já tinha sido discutido no último dia 5. Segundo o portal UOL, o debate foi solicitado pelos deputados Julio Cesar Ribeiro (PRB-DF), Roberto Alves (PRB-SP), Fábio Mitidieri (PSD-SE) e Aliel Machado (PSB-PR).

Tifanny questionou comparações feitas entre marcas obtidas por homens e mulheres.

– Eu nunca vou chegar a um recorde masculino, porque não sou homem. Eu vou dormir e acordo com cãibra, porque minha testosterona é muito baixa – disse.

Ela também afirmou que se recusa a competir em uma liga apenas para transgêneros.

– O que poderia fazer, no máximo, é limitar atletas. No máximo uma, duas por equipe. Mas fazer uma categoria trans? Eu vou jogar vôlei contra quem, se eu sou a única profissional que tem? Vou jogar no vídeo-game – declarou.

Apesar de ser contrária ao que Tifanny defende, Ana Paula manifestou apoio aos transexuais. Porém, ela pediu estudos profundos para que seja definida a diretriz que atualmente determina a presença de atletas trans em torneios.

Henkel também deixou claro que sua posição não é contra Tiffany. Ela questionou a liberação para qualquer pessoa trans e defendeu ações em defesa das mulheres.

– No esporte, a identidade biológica ainda é o pilar mais forte. Entendo o lado sentimental da Tifanny, mas aquilo que é geneticamente construído ao longo de décadas pode ser revertido? Onde estão os estudos? – questionou.

A audiência, que durou mais de quatro horas, também teve a participação de deputados e de profissionais da área de saúde.

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