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Acusada de transfobia, autora de Harry Potter recebe ameaças

"Desejo a você uma bomba caseira em sua caixa de correio", diz uma das mensagens direcionadas a J.K. Rowling

Thamirys Andrade - 19/07/2021 17h18 | atualizado em 19/07/2021 19h07

J.K. Rowling autora de Harry Potter
J.K. Rowling é escritora, roteirista e produtora cinematográfica britânica Foto: Reprodução

A escritora da série Harry Potter, J.K. Rowling, usou as redes sociais na manhã desta segunda-feira (19) para dizer que tem sofrido ameaças de morte de ativistas trans desde que passou a ser acusada de transfobia, em 2019. No Twitter, a autora compartilhou um print de uma mensagem direcionada a ela, que diz: “Desejo a você uma bomba caseira em sua caixa de correio”.

– Para ser justa, quando você não pode fazer com que uma mulher seja demitida, presa ou demitida pela editora, e cancelá-la só fez as vendas de seus livros subirem, só há realmente um lugar para ir – escreveu J.K.

Uma internauta perguntou à escritora se as ameaças ainda são motivadas por seu posicionamento acerca de pessoas trans.

– Isso ainda é por causa dos seus comentários sobre a segurança de mulheres em banheiros/vestiários, já que homens podem usá-los por simplesmente dizer que se identificam como mulheres? – questionou a fã, que recebeu a confirmação da autora.

– Sim, mas agora centenas de ativistas trans ameaçaram me espancar, estuprar, assassinar e me bombardear. Percebi que esse movimento não representa nenhum risco para as mulheres – respondeu a autora.

A escritora de uma das sagas mais famosas do mundo passou a ser acusada de transfobia quando saiu em defesa da pesquisadora britânica Maya Forstater, que perdeu seu emprego no Centro de Desenvolvimento Global por posicionar-se contra a ideia de que homens podem virar mulheres.

– Por que estou tão surpresa por pessoas inteligentes que admiro, que são absolutamente pró-ciência em outras áreas e campeãs em direitos humanos e direitos das mulheres, estarem se enrolando para evitar dizer a verdade de que homens não podem se transformar em mulheres (porque isso poderia machucar os sentimentos dos homens)? – declarou Forstater.

J.K. Rowling, que compartilha com o posicionamento da pesquisadora, acredita que não se pode negar a existência do sexo biológico; caso contrário, a história de luta das mulheres seria “apagada”.

– Se o sexo não for real, não há atração pelo mesmo sexo. Se o sexo não for real, a realidade vivida pelas mulheres em todo o mundo é apagada. Eu conheço e amo pessoas trans, mas apagar o conceito de sexo remove a capacidade de muitos de discutir sua vida de forma significativa. Não é ódio falar a verdade – declarou Rowling em junho de 2020.

A escritora destacou, porém, sentir empatia pela comunidade LGBT e defender seus direitos de viverem da maneira que lhes pareçam mais autêntica.

– A ideia de que mulheres como eu que têm empatia por pessoas trans há décadas e sentem afinidade por elas, porque são vulneráveis do mesmo modo como as mulheres, isto é, à violência masculina “odeiam” pessoas trans porque pensam que sexo é real e vivem as consequências disso é um absurdo. Respeito o direito de todas as pessoas trans de viverem da maneira que lhes pareça autêntica e mais confortável. Protestaria com vocês se vocês fossem discriminados por serem trans. Ao mesmo tempo, minha vida foi moldada pelo fato de eu ser mulher. Não acredito que seja odioso dizer isso – assinalou Rowling.

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