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Metade da população sofre com os efeitos da nossa maior crise econômica

Fábio Guimarães - 10/07/2017 12h14

O Brasil vive a pior crise econômica dos últimos 80 anos. Temos uma nação de indivíduos desempregados, em desalento, subutilizados ou gerando renda em pequenos serviços temporários. Precisamos conceituar cada caso e entender como buscar soluções que dignifiquem o trabalho e a geração de renda em nosso país.

No contingente de desempregados, temos mais de 14 milhões de pessoas, segundo dados do IBGE (PNAD abril 2017). Vale salientar que a metodologia da pesquisa só inclui pessoas que buscaram emprego nos últimos 30 dias.

Temos um conceito chamado “desalento”. O que seria isso? Pessoas desocupadas que não buscaram emprego nos últimos 30 dias, indivíduos que há meses (ou anos) estão fora do mercado de trabalho e já não se movimentam mais para a reinserção profissional.

Já no conceito de “subutilização da força de trabalho”, agregamos aqueles que estão subocupados por insuficiência de horas trabalhadas, ou seja, o conceito abrange as pessoas ocupadas com uma jornada de menos de 40 horas semanais, mas que gostariam de trabalhar por um período maior.

Por fim, o chamado “biscate”, formado por indivíduos que estão gerando renda com serviços eventuais, de curta duração, esporádicos e sem nenhum tipo de vínculo, seja trabalhista ou de periodicidade.

Estudos estimam em mais de 26 milhões o somatório de pessoas que se enquadram em um desses grupos no Brasil. Projetando a média da família brasileira em quase quatro indivíduos, não seria exagero dizer que mais de 100 milhões de brasileiros (perto de metade da população) de alguma forma sofre com os nefastos efeitos da maior crise econômica vivida por nossa geração.

Precisamos destravar a economia, investir em projetos estruturantes, aumentar a competitividade brasileira a nível global e no mercado interno fomentar a geração de emprego, da renda e o aumento da remuneração real do trabalhador.  Dentre tantos desafios para nossa economia podemos destacar cinco importantes passos:

1 – Segurança Jurídica.  Temos que preservar no Brasil respeito aos contratos, gerando assim estabilidade, garantia fundamental para o desenvolvimento das relações econômicas.

2 – Modernização das regras trabalhistas. Em especial as que congregam as novas formas de trabalho e geração de renda. Como exemplo, temos a economia colaborativa, o home office e o trabalho intermitente.

3 – Subsídio público. Principalmente para investimentos em tecnologia produtiva, buscando aumentar a produtividade média do trabalhador brasileiro.

4 – Compromisso com a desburocratização pública. Com metas e regras claras, de curto, médio e longo prazos.

5 – Aumento do crédito para empresas geradoras de emprego no país. Com destaque para as micro, pequenas e médias empresas.

Vamos em frente! O Brasil não pode parar.

* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
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