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Atenção ao saque do PIS/PASEP

O que fazer? Pagar as dívidas precisa ser a prioridade N°1 - em especial as com maior taxa de juros. Consumir com responsabilidade e, sempre que possível, poupar

Fábio Guimarães - 24/10/2017 12h04

Tramita no Congresso Nacional a medida provisória 797, que reduziu a idade mínima de saque dos benefícios do PIS/PASEP, para 65 anos aos homens e 62 anos às mulheres.

Emendas parlamentares podem diminuir ainda mais essa idade mínima. Há no Congresso quem defenda propostas de que a idade mínima seja de 55 ou 60 anos para ambos os sexos e que priorize desempregados, pessoas com doenças graves, mulheres grávidas e outros casos.

O governo busca com essa ação ter um aquecimento na economia neste último trimestre, via consumo. Vale lembrar que estratégia semelhante foi realizada no primeiro semestre deste ano com a liberação de saque das contas inativas do FGTS, que injetaram 44 bilhões de reais na economia.

O impacto dessa medida, se confirmada como está, será de aproximadamente 16 bilhões de reais. Esse valor pode aumentar ainda mais a depender do texto final aprovado com os critérios e idade mínima de saque dos trabalhadores beneficiários.

Essa medida tem grande alcance junto aos trabalhadores, atingindo pelo menos 5 milhões de homens e 3 milhões de mulheres.

Naturalmente esses recursos irão para o consumo, pagamento de contas/dívidas ou poupança das famílias. Assim como aconselhamos à época do saque das contas do FGTS, o cidadão precisa ter consciência no uso desse “dinheiro extra”. Pagar as dívidas precisa ser a prioridade N°1 – em especial as com maior taxa de juros, buscando sempre uma negociação prévia com o credor. O “manual das boas práticas financeiras” sempre recomenda consumir com responsabilidade e, sempre que possível, poupar. Essa é a receita para uma vida financeira saudável.

Fábio Guimarães é economista, formado pela UFRRJ com MBA em Gestão de Negócios pelo IBMEC-RJ. Palestrante, consultor e debatedor, atuou por mais de 10 anos como gestor nas áreas de trabalho e renda e desenvolvimento econômico.
* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
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