Daniel Camaforte - 14/07/2017 09h56

“Não testemunhe sem motivo contra o seu próximo nem use os seus lábios para enganá-lo. Não diga: Farei com ele o que fez comigo; ele pagará pelo que fez”. Provérbios 24:28,29

O filme falava sobre meninos que cresceram juntos em Boston, a cidade que mais gosto neste planeta azul de Deus que moramos, especialmente no inverno, acredite. Boston fica branca, fria, cinza… Tenho memórias de passar dias inteiros pelas ruas que me consolaram nos momentos mais difíceis da minha vida, andando pelos pequenos e deliciosos restaurantes chineses em “Chinatowm” e cafés locais, sempre sozinho, na companhia de Deus.

A solitude é importante para mim. Talvez por isso goste tanto de Boston, mais do que qualquer outra nos EUA. Amo o Charles River que desagua no Atlântico; a Harvard Square, o Boston Commons, a South Station, a Commonwealth Avenue, o Prudential Center. Mas o nome do filme que mostra o lado pobre e sombrio da cidade recebeu o titulo em inglês de um outro rio que passa na cidade: “Mystic River”.

Sean Penn ganhou o Oscar de melhor ator em “Sobre Meninos e Lobos”. Um dos melhores amigos dele de infância está sob sua suspeita de ter estuprado e matado sua filha… A ideia de que um de seus melhores amigos tenha feito isso o consome. O personagem vivido por Sean Penn acaba matando esse amigo, acusado sem provas de ter feito essa coisa terrível; e mata o amigo de infância, vivido por Tim Robbins, que morre, como revelado, inocente.

A vingança busca um sangue e uma justiça pobre, e sempre acaba mal. Às vezes, aquilo que julgamos como motivo para vingança é apenas uma construção de nossa percepção pobre e caída, pervertida. O evangelho implica em pagar o mal com o bem, coisa que poucos aplicam nas suas relações.

O que você acha de abrir mão das causas contra as pessoas que lhe fazem mal real? O que você acha de pedir a Deus que lhe ajude a perceber o mal imaginário e o real das pessoas ao seu redor? Me responda: Quem ganha com a vingança?