Leiliane Lopes - 28/10/2022 20h19 | atualizado em 30/10/2022 14h15

Um dos assuntos mais comentados desta sexta-feira (28) foi o termo “Lula não foi inocentado”, uma resposta dos internautas à decisão do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, que determinou que os programas Morning Show e Os Pingos nos Is, da Jovem Pan, noticiem que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é inocente.

A decisão foi criticada e chamada de censura por boa parte dos telespectadores e ouvintes de um dos grupos de comunicação mais respeitados do país.

FAKE NEWS CONTRA FAKE NEWS
A campanha do candidato petista tenta mostrar aos eleitores que ele foi inocentado e que a Operação Lava Jato foi uma fraude.

No debate do primeiro turno, Lula chegou a dizer que foi inocentado no Supremo Tribunal Federal (STF) e na Organização das Nações Unidas (ONU). Mas não é verdade.

Lula, que ficou preso entre abril de 2018 e novembro de 2019, teve condenações aplicadas contra ele pela Vara Federal de Curitiba anuladas pelo STF sob duas justificativas.

A primeira delas, em março de 2021, foi a decisão do STF de que os processos não deveriam ter tramitado na capital paranaense, mas sim no Distrito Federal.

Já em junho daquele ano, a Corte decidiu que Moro não julgou Lula com imparcialidade.

Por essas razões, de acordo com o ex-procurador da Lava Jato Deltan Dallagnol, Lula não teria sido inocentado na prática, mas apenas teve as condenações anuladas.

O mesmo aconteceu na ONU que, durante uma representação apresentada pelo próprio Lula, a entidade apenas entendeu que a primeira-instância de Curitiba violou o direito de Lula à presunção de inocência.

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