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Vítimas do voo da Chape vão a Londres cobrar indenização

Famílias e advogados questionam motivos para não pagamento de valores

Paulo Moura - 04/09/2019 14h40 | atualizado em 05/09/2019 16h57

Acidente com avião da Chapecoense aconteceu em novembro de 2016 Foto: Policiantioqui/Cr Wilson Pardo

Os sobreviventes e familiares das vítimas do voo que matou os atletas do time da Chapecoense, em 29 de novembro de 2016, prometem fazer um protesto em Londres no final deste mês. Os envolvidos no caso cobram da empresa britânica Aon, corretora responsável pelo seguro, os valores devidos às vítimas e famílias do trágico acontecimento. Quase três anos após o acidente, eles alegam que não receberam qualquer valor da multinacional britânica, da Tokio Marine Kiln ou da Bisa, responsáveis pelas apólices.

– A gente é pacífico até onde pode. Depois de quase três anos esperando uma resposta, o seguro se recusa a pagar o que nos é de direito. A gente não está falando de uma empresa de fundo de quintal. Eles patrocinam o Manchester United – afirmou o zagueiro Neto, um dos sobreviventes.

As famílias questionam o valor da apólice de seguros, que em 2015 era de 300 milhões de dólares (R$ 1,24 bilhão) e a partir de 2016, passou a ser de 25 milhões de dólares (R$ 103 milhões), mesmo com risco ampliado por transportar atletas de futebol.

Tokio Marine Kiln e Bisa fazem parte do que foi chamado de fundo humanitário, criado para repassar dinheiro às famílias das vítimas. A oferta é que cada família aceitasse US$ 225 mil (cerca de R$ 935 mil em valores atuais). Em troca elas teriam que desistir das ações na Justiça. Até agora, 23 delas toparam o acordo.

Segundo as pessoas que planejam o protesto em Londres, as 48 restantes, não toparam. Elas calculam que o valor devido de indenizações varia entre 4 milhões e 5 milhões de dólares para cada família (entre R$ 16,6 milhões e R$ 20,8 milhões).

Procurada, a Aon respondeu que atuou somente como corretora de resseguros, intermediando e apoiando na colocação da proteção de resseguros para a companhia seguradora. Já o representante da Tokio Marine Kiln na Inglaterra alega que a apólice de seguros não era mais válida. Ninguém da Bisa foi localizado para comentar o assunto.

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